ASTRÔNOMOS AMADORES DESCOBREM PLANETA EM SISTEMA COM QUATRO SÓIS

Grupo usou dados do observatório Kepler para encontrar objeto pouco maior que Netuno.

 

Interessante notícia foi veiculada com o título acima pelo “JC e-mail 4604”, de 16 de Outubro de 2012, que transcrevemos a seguir neste Noticiário do nº 88 da Revista Criacionista

 

Voluntários do projeto de ciência participativa Planet Hunters descobriram um novo planeta em um sistema que não tem apenas uma estrela como o da Terra, mas um total de quatro. Com base em dados públicos do observatório espacial Kepler, da Nasa, os astrônomos amadores ajudaram uma equipe de pesquisadores liderada por cientistas da Universidade de Yale a verificar que o planeta, um gigante gasoso pouco maior que Netuno batizado PH1, orbita o sistema estelar binário KIC 4862625 a cada 137 dias. A 144 bilhões de quilômetros do KIC 4862625 (cerca de mil vezes a distância da Terra ao Sol), no entanto, outra dupla de estrelas orbita o sistema, dando ao PH1 seus quatro sóis.

 

O Observatório Espacial Kepler

 

 

“Esta descoberta é um marco para a equipe do Planet Hunters, seu primeiro achado de um planeta extra-solar com dados do Kepler, e também tem um fator excitante por ser em um planeta com quatro estrelas”, comentou Natalie Batalha, cientista da missão Kepler no Centro de Pesquisas Ames, da Nasa. “Mas mais importante, celebro esta descoberta como fruto exemplar da cooperação humana, cooperação entre cientistas e cidadãos que doam seu tempo por amor às estrelas, ao conhecimento e à exploração.”

 

A cerca de cinco mil anos-luz de distância do Sistema Solar, o PH1 não é o primeiro planeta extra-solar confirmado que orbita um sistema binário, mas é o único caso conhecido em que as estrelas do centro do sistema também estão ligadas gravitacionalmente a outra dupla estelar. Sua descoberta também desafia as teorias sobre formação planetária, já que um sistema com quatro estrelas deve ser ainda mais instável que um binário simples para permitir a existência de um objeto planetário.

 

“É fascinante tentar imaginar como seria visitar um planeta com quatro sóis no céu, mas este novo mundo confunde os astrônomos: não está claro como ele se formou em um ambiente tão agitado”, admitiu Chris Lintott, cientista da Universidade Oxford, no Reino Unido, a jornal britânico “The Independent”.

 

 

Certamente, para nós que vivemos em um Sistema Solar com “apenas” um Sol, não é fácil sequer mentalmente concebermos como seria viver em um planeta como esse que foi descoberto! Noções como “dia”, “ano”, “estações”, teriam de ser inteiramente reformuladas ou redefinidas! Deixaria de prevalecer o ciclo dia/noite como o conhecemos, e nesse planeta “não haveria mais noite”, o que pode nos trazer à mente também a passagem bíblica que descreve a nossa Terra restaurada, iluminada “pela glória de Deus”! (Livro de Apocalipse, capítulo 21, versículo 23). 

 

JC de 16 de Outubro de 2012

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