Várias passagens proféticas apontam para a restauração de todas as coisas, voltando o leão a conviver com os demais animais e com o ser humano, pacificamente.

A propósito do cumprimento dessas profecias – muitas vezes questionadas por pessoas cuja visão se restringe meramente aos horizontes limitados do atual mundo degradado, e a idéias “naturalistas” preconcebidas, sem aceitar a possibilidade de serem efetuadas na natureza transformações de restauração, pelo mesmo Deus Criador da perfeição edênica – nas notícias a seguir reproduzimos interessante informação publicada em uma revista criacionista australiana, e também algumas considerações pertinentes de um autor criacionista americano, sobre a adaptabilidade dos animais carnívoros.

O LEÃO QUE NÃO QUERIA COMER CARNE

Todos os leões são carnívoros ferozes que precisam comer carne para sobreviver? Aparentemente não!

A revista australiana “Creation ex-nihilo” vol. 22, nº 2, de março-maio de 2000 publicou um artigo de David Catchpoole com o título acima, que não só apresenta um caso, real, inteiramente incomum, como também aponta para cumprimento de profecias que falam da restauração de nosso planeta às condições originais, com o leão e o cordeiro pacificamente pastando juntos! Segue a tradução do referido artigo:

No começo deste século, uma leôa africana, nascida e crescida nos EstadosUnidos, viveu todos os nove anos de sua vida sem jamais comer carne.

De fato, seus donos, Georges e Margaret Westbean, preocupados com publicações de cunho científico advertindo que os animais carnívoros não poderiam viver sem comer carne, tentaram de todos os modos induzir o seu incomum animal de estimação (ao qual deram o nome de “Little Tyke”) a desenvolver o apetite pela carne. Chegaram até a anunciar uma recompensa em dinheiro para quem conseguisse elaborar uma ração contendo carne, que a leôa aceitasse. O curador de um jardim zoológico de Nova York aconselhou que o casal Westbean pusesse algumas gotas de sangue na mamadeira de Little Tyke para ajudá-la a se acostumar, mas a leôa, ainda pequena, recusou sequer tocá-la, mesmo quando somente uma única gota de sangue tivesse sido introduzida. Os mais famosos especialistas em animais, dentre os numerosos visitantes da fazenda Hidden Valley, de 40 hectares, dos Westbeans, também deram vários conselhos, mas nenhum deles funcionou. Nesse meio-tempo, Little Tyke continuava a passar extremamente bem, com sua dieta de cereais em grão, cozidos, ovos e leite. Aos quatro anos de idade, a leôa, já adulta, pesava 160 quilos.

Com essa dieta, a leôa não só sobreviveu, mas manteve-se em excelente estado. Um dos mais capazes curadores de jardins zoológicos dos Estados Unidos teria dito que ela era o melhor espécime de sua espécie, que jamais houvera visto.

Além de Little Tyke, os Westbans criavam também outras espécies de animais em sua fazenda. Um grande número de visitantes em Hidden Valley foi motivado pela perspectiva de ver o leão vivendo com o cordeiro, em situação semelhante à da profecia de Isaías 11:6. Ver a leôa vivendo placidamente em companhia de ovelhas, vacas e aves domésticas, causava profunda impressão em muitos visitantes. Filmes na televisão e fotografias de Little Tyke na imprensa também impressionaram muitas pessoas, como uma que escreveu: ‘Nada me fez mais contente do que a sua fotografia do leão e do cordeiro. Ela me ajudou a crer na Bíblia’.

ADAPTABILIDADE AO REGIME CARNÍVORO

 

Seguem alguns trechos sobre o assunto, escolhidos do livro “Estudos sobre o Criacionismo”, de

autoria de Frank Lewis Marsh, publicado há cerca de cinqüenta anos pela Casa Publicadora Brasileira.

O Reinado dos Dentes e das Garras (pp. 281-284)

 

Não podemos por um momento entreter a idéia de que o uso ou desuso tenha resultado em mudanças fundamentais no equipamento dietético. A lei natural na esfera da Biologia não opera desse modo. Nosso conhecimento do que atualmente ocorre na natureza mostra-nos que as mutações nunca são tão grandes que mudem o tipo fundamental da dentição. Resta, pois, como única possibilidade dessa mudança, um milagre. Satanás não pode executar tal milagre. A única conclusão lógica é a exposta no começo do parágrafo anterior; isto é, os animais que constituíram o novo grupo que designamos como carnívoros, são indivíduos que estavam na posse de dentes e garras para apanhar carne, e tratos digestivos que pudessem usá-la.

Processos de Manutenção (pp. 263-270)

Teria ocorrido a morte e a decomposição dos materiais vivos no estado edênico? Eram os resíduos eliminados dos corpos dos animais?

Estas são perguntas de considerável importância para os biólogos que procuram deslindar a história dos seres vivos. O fato de que as plantas foram designadas para o alimento dos animais torna muito evidente que a morte ocorria no jardim do Éden – a morte das plantas. Cada grão e cada noz que eram comidos significavam morte para todo o organismo no seu estado embrionário. Cada raiz suculenta de vegetais consumida para alimento significava a vida de uma planta adulta. Ali havia morte sem a “sombra da morte”. A morte, como se conheceu antes da queda do homem, simplesmente significava que o protoplasma vivo das frutas, nozes, cereais, vegetais e ervas era assimilado por algum animal para lhe servir de delicioso alimento. A substância viva da planta morreu, foi transformada em substâncias mais simples, isto é, foi decomposta, e depois usada na síntese dos tecidos animais, na regulamentação dos processos do corpo ou como fonte de energia.

Evidentemente não houve morte de animais naquele estado original.

O estudante dos seres vivos acha hoje três ciclos vitais de substâncias químicas intimamente associadas com a vida das plantas e dos animais. Estes são o ciclo do oxigênio, o ciclo do carbono e do nitrogênio. Estas agências, produzindo estas séries curvas de compostos, permitem que matérias empregadas sejam postas em condições de serem usadas outra vez.

À luz destes fatos parece razoável supor que o ciclo do nitrogênio foi instituído pelo Criador no princípio. Se tal não fosse o caso, teria sido necessário o Criador recorrer constantemente a uma fonte de nitrato e, por um processo sobrenatural, reabastecer o suprimento de nitrato – um tipo de ação sustentadora que o Criador não manifesta em Sua conduta em relação aos processos de vida nesta terra. Em um mundo designado a durar para sempre, a instituição do ciclo de nitrogênio seria ainda mais importante.

A simplicidade da vida diária de Adão e Eva e o seu apego à terra e seus produtos são difíceis de compreender nos nossos dias de grande complexidade e artificialidade. Encontramos freqüentemente indivíduos que pensam que os redimidos passarão a eternidade sentados em uma nuvem tocando harpa. Ao contrário, sabemos que os santos edificarão e habitarão, semearão e colherão, trabalharão na horta e comerão os frutos do trabalho de suas próprias mãos. De igual modo, alguns são inclinados a supor que o estado original foi alguma existência etérea, muito afastada das realidades da vida. Ainda, sabemos que os nossos primeiros pais eram construtores, usando como materiais árvores vivas e cipós. O seu trabalho era o de jardinagem; eles mantinham em ordem e guardavam o jardim. Comiam os frutos do jardim e dormiam no seio da “mãe terra”, debaixo de suas boas árvores – e sem dúvida se sujavam com a terra fértil, e achavam necessário tomar banho. Era a sua existência extremamente real e muito apegada à natureza. E suas vidas eram vividas na mesma terra sobre a qual nós andamos, terra cujos processos eram, se julgados à luz da condição presente, totalmente guiados por leis naturais, os instrumentos de Deus. Parece muito razoável, e de fato, totalmente necessário, supor que o mantenedor poder do Criador foi manifesto então nos mesmos ciclos vitais que em nossos dias ainda mantêm as substâncias químicas essenciais, sempre renovadas para que a vida possa continuar.

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