Da série:
“A ORIGEM COMUM DAS LÍNGUAS E DAS RELIGIÕES”, segunda edição de “O TUPI – TOMO II”
por Guilherme Stein Júnior
Editado pela Sociedade Criacionista Brasileira, dezembro de 1998.
por Guilherme Stein Júnior Editado pela Sociedade Criacionista Brasileira, em junho de 2014, em primeira edição, com 442 páginas. Formato: 15 x 21 cm Coleção Idiomas |
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É digno de nota o verdadeiro fascínio que os índios brasileiros têm exercido sobre antropólogos e etnólogos germânicos, e mesmo sobre o povo comum dos países de fala alemã, desde a divulgação dos escritos de Hans Staden sobre sua aventura no seio dos Tupinambás no século XVI. Von Martius em 1863, cerca de quarenta anos após sua viagem pelo Brasil, publicou sua célebre coleção de glossários das línguas indígenas brasileiras, abrangendo cerca de uma centena delas. Numerosos outros estudiosos ocuparam-se da pluralidade de línguas gentílicas faladas no Brasil. O interesse de Guilherme Stein Jr. pelos índios, sua língua e seus costumes foi muito grande, e abrangeu não só as tribos brasileiras como sugere o título de seu livro “O Tupi”, mas as demais tribos existentes nas Américas do Sul, Central e do Norte, em particular incluindo as antigas civilizações inca, maia e asteca. A questão indígena no Continente Americano, desde a época dos descobrimentos, assumiu o caráter de verdadeiras ondas sucessivas de genocídio, aparentemente tendo em sua raiz a posição de superioridade racial assumida pelos conquistadores. Buscando justificar essa atitude, numa hipócrita perspectiva social do darwinismo, dir-se-ia hoje que se tratou da destruição do mais fraco simplesmente “pela atuação inexorável da lei da seleção natural”, que levou naturalmente também à “sobrevivência do mais forte”.
Este é o segundo volume da série intitulada “A Origem das Línguas e das Religiões” (integrada por mais dois volumes do mesmo Autor – “A Torre de Babel e seus Mistérios” e o volume seguinte a este, resumidamente designado como “O Tupi – Tomo II”), que havia sido publicado em primeira edição em 1934 pela Imprensa Metodista. Com raras exceções, a posição dos estudiosos dos povos americanos originais sempre se prendeu a uma estrutura conceitual evolucionista, na qual o selvagem é considerado como um ser inferior, em estágio primitivo de evolução cultural na direção a patamares mais elevados, supostamente já atingidos pelo assim chamado civilizado. Opondo-se a essa posição, Guilherme Stein Jr. desenvolve a tese de que na realidade houve uma involução, e não uma evolução, na história dos povos indígenas. Nesta sua posição encontra ele o apoio de algumas autoridades, como von Martius, conforme explicitado neste volume. A metodologia adotada por Guilherme Stein Jr., dentro da estrutura conceitual criacionista por ele aceita, é a da comparação cuidadosa, ampla e bem fundada das línguas e tradições dos povos, procurando desta forma evidências para a defesa da tese monogenista. Em seus estudos, de fato, língua e religião são indissolúveis, como transparece dos subtítulos de “O Tupi”: “Origem comum das línguas e das religiões” (conforme já explicitado) e também “O Tupi, donde veio sua língua e sua primitiva religião”. No decorrer da leitura de “O Tupi” depreende-se que Guilherme Stein Jr. chegou realmente a dominar a língua suméria, o que não deixa de ser surpreendente em face das circunstâncias culturais de então. Fica clara a oposição de Guilherme Stein Jr. à estrutura conceitual evolucionista, dentro da qual se insere a ideia de que os conceitos religiosos do homem foram evoluindo a partir de sua observação das forças da natureza. Observa-se também a sua convicção de poder chegar (ou ter já podido chegar) à leitura correta “dessa página objetiva e idealmente escrita das idéias religiosas do homem primitivo”, no mundo físico. |