A ecologia atesta que vida é necessária para gerar vida, dando assim testemunho da criação literal.
John Ashton crê em Deus. Esse notável homem de ciência acredita no relato bíblico da Criação. Ele ficou surpreso quando outro cientista lançou um desafio público ao criacionismo numa convenção havida na Universidade Macquarie, em Sydney, Austrália. Nesse ensejo um discursante apresentou evidências em favor do relato bíblico da Criação. O desafiante ironizou, porém, dizendo que não poderia crer que houvesse alguém com Ph.D. que cresse na criação literal de seis dias. A essa altura, um convencional presente mencionou os nomes de alguns cientistas crentes na criação, incluindo o Dr. John Ashton. Quando John soube da conversa havida em plenário, pois não se achava presente na ocasião, aceitou o desafio de provar a certeza criacionista. O resultado foi a maravilhosa coleção de artigos, Em Seis Dias: Por que 50 Cientistas Escolheram Crer na Criação.
Quando recebi o convite para contribuir com um artigo, compreendi de início que deveria escrever especificamente sobre a criação em seis dias, de uma perspectiva científica. Essa não era a intenção de John. Eu cria na criação em seis dias, mas não por razões científicas. O que alguém poderia dizer sobre isso a partir de uma perspectiva científica? Como poderia eu fornecer evidências científicas de que a Terra e a vida foram criadas em seis dias literais? Eu sabia que havia muitas áreas do criacionismo que podiam ser estudadas cientificamente, mas não pensava que a criação em seis dias fosse uma delas. Pensava eu que ela deveria ser aceita estritamente pela fé no relato bíblico.
Então surgiu, como um relâmpago, uma convicção ao mesmo tempo luminosa e excitante. Como ecologista, eu havia estado à procura de evidências de desígnio inteligente no nível ecológico, mas, subitamente, esses fragmentos comprobatórios se juntaram para apoiar a criação em seis dias. Escrevi, pois, um capítulo para o livro: A hierarquia estrutural e a evidência de desígnio.
Fazendo a conexão
Quando John Ashton pediu-me que contribuísse para o Seis Dias, eu já sabia da necessidade de relações ecológicas, embora ainda não tivesse feito a ligação de que a ecologia continha evidências para uma criação em seis dias. Mas, ao considerar o problema, imediatamente surgiu-me a intuição de que eu tinha em mãos a evidência que apoiaria a criação em seis dias. Se os ecossistemas requerem grupos inteiros de organismos para funcionar, não teriam sido necessários grupos inteiros de organismos também no começo?
Tanto o Princípio Antrópico como as seqüências bioquímicas sugerem um planejador, mas ainda permitiam que os que foram impressionados por essas evidências cressem em evolução teística. Isso é bem pouco diferente de simples evolução. Num desenvolvimento de vida gradual, a ecologia também se desenvolveria começando como ecologia limitada, e depois se expandindo gradualmente à medida que novos organismos evoluíssem. Contudo, se a ecologia desenvolveu-se ao mesmo tempo que as espécies em evolução, os ecossistemas falhariam por falta de componentes essenciais. Por conseguinte, a vida não poderia ter continuidade, se é que pudesse mesmo começar. Por outro lado, se os seres foram criados num intervalo breve, juntamente com suas interdependências ecológicas, haveria desde o começo relações complexas em apoio à vida na natureza.
A ecologia e a biodiversidade complexa que encontramos na natureza hoje, no topo da hierarquia estrutural, sugerem que muitos organismos interrelacionados teriam sido necessários desde o início. Somente uma criação imediata proveria as exigências de tal sistema ecológico. Assim, embora a ecologia, como hoje compreendida, não exija precisamente uma criação em seis dias, ela favorece essa possibilidade. Ademais, ela é definitivamente contrária à idéia de um desenvolvimento ecológico gradual.
(Leia todo o artigo na Folha Criacionista impressa)