A prestigiosa revista científica Science, em seu número 273:924-930, apresentou interessante artigo de autoria de McKay, D. S. Gibson, E. K., Thomas Keprta, K. L., e outros seis co-autores, com o título “Search for Past Life on Mars: Possible Relic Biogenic Activity in Martian Meteorite ALH84001”, que foi considerado em nossa Folha Criacionista número 54/55.
Foi grande a celeuma originada pelo referido artigo nos meios científicos, onde, a par da euforia por parte dos que aprioristicamente aceitaram como verdadeira a hipótese levantada, sem qualquer deferência ao método científico (apenas aceitando a hipótese por se situar ela no contexto de suas pressuposições a respeito de uma origem evolucionista abiótica da vida), manifestou-se também por parte dos mais coerentes com a natureza do método científico, uma atitude de reserva, mostrando a necessidade de um estudo mais aprofundado para a obtenção de uma eventual comprovação verdadeiramente científica da hipótese levantada.
A título de informação para nossos leitores, listamos abaixo artigos que se seguiram na literatura científica questionando as precipitadas conclusões iniciais, imediatamente após a publicação do citado artigo. Os resumos apresentados foram publicados na revista Origins, vol. 24, número 2, de 1997:
- Shearer, C. K., Papike, J. J., 1996. Evaluating the evidence for past life on Mars. Science 247:2121.
- Bradley, J. P., Harvey, R. P., McSween, H. Y., 1997. Nenhum microfóssil no meteorito marciano. Nature 390:454.
- McSween, H. Y., 1997. Evidence of life in a Martian meteorite? Geological Society of America Today 7(7):1-7.
- Scott E. R. D., Yamaguchi, A., Krot A. N., 1997. Petrological evidence for shock melting of carbonates in the Martian meteorite ALH84001. Nature 387:377-379.
- Yockey, H. P., 1997. Life on Mars? Did it come from Earth? Origins and Design 18:10-15.
Comentário apresentado na revista Origins sobre a literatura a respeito do “meteorito de Marte”:
Os cientistas concluiram posteriormente que o meteorito ALH84001 não provê evidências a favor de vida em Marte. Entretanto, essa conclusão não recebeu a extensa publicidade dada à alegação original.