No número 61 da Folha Criacionista foram apresentados alguns dados sobre os mamutes, tendo em vista principalmente as recentes descobertas de restos congelados desses gigantescos mamíferos, tendo também sido feita referência ao famoso “mamute de Beresovka”, sobre o qual interessantes estudos haviam sido feitos após sua descoberta junto ao rio Kolyma, na Sibéria.

A seguir, transcrevemos duas interessantes notícias ainda sobre os mamutes e sua coexistência com os seres humanos em tempos históricos. Ambas foram publicadas como cartas dos leitores na revista Nature, vol. 369, de 2 de junho de 1994.

Datação de mamutes do Holoceno

A persistência de relatos de mamutes anões no Holoceno, na ilha de Wrangel (no Oceano Ártico), tem sido questionada por pessoas que têm apresentado dúvidas sobre a validade dos dados obtidos pela datação convencional mediante o método do Carbono-14 feita em dois laboratórios russos (Ver S. Vartanyan, V. E. Garutt, e A. V. Sher, em Nature 362, 337-340; 1993).

A correspondência bastante estreita entre as datações corrobora tanto a validade dos dados russos, quanto a veracidade da sobrevivência dos mamutes no Holoceno.

 

Mamutes no Antigo Egito?

Lister, em “News and Views” [Nature 362, 288-289 (1993)] descreveu o trabalho de Vartanyan e outros (artigo da revista Nature citado na notícia anterior), sugerindo que mamutes anões poderiam ter sobrevivido no norte da Sibéria, e convivido com faraós egípcios, bem como que, juntamente com populações de outros elefantídeos anões, teriam sobrevivido em ilhas do Mediterrâneo até o Pleistoceno. A Figura a seguir, reproduzida de uma cena pintada em uma tumba de certo faraó [Bass, G. F. in A History of Seafaring (ed. Bass, G. F.), capítulo 1, p. 34 (Walker, New York, 1972)], refere-se ao comércio de marfim, e aponta para a possibilidade de que o elefantídeo nela desenhado seja um mamute anão.

Artistas egípcios podiam reproduzir a cores pinturas com identificação das características de animais que ainda vivem até nossos dias, de maneira semelhante ao que hoje se faz nos manuais de identificação da fauna silvestre. Pode-se, por isso, classificar espécimes de peixes e aves daquela época, em conformidade com as definições atuais de gêneros e espécies.

MAIS SOBRE OS MAMUTES

De fato, os mamutes voltaram para ficar! Cada vez mais os noticiários abordam o tema, que sem dúvida deve também sua popularidade a toda a “onda” levantada sobre os dinossauros, a partir do célebre filme sobre o Parque Jurássico.

Vários filmes e documentários têm sido divulgados pela televisão, versando sobre o resgate de restos congelados de mamutes em perfeito estado de conservação. A Sociedade Criacionista Brasileira tem acompanhado essa divulgação, e poderá fornecer maiores informações aos interessados, que para isso basta se comunicarem conosco por e-mail ou pelo correio normal.

A bibliografia citada nas notícias acima está resumida em seguida, para facilitar a consulta de nossos leitores interessados:

1. Vartanyan, S. L.;Garrut, V. E.; e Sher, A. V., Holocene Dwarf Mammoths from Wrangel Island in the Siberian Arctic, Nature, pp. 337-340, vol. 362, 25 março, 1993.

2. Rosen, Baruch, Mammoths in Ancient Egypt?, Nature, p. 364, vol. 369, 2 junho, 1994.

3. Lister, A. M., Mammoths in Miniature, Nature, pp. 288-289, vol. 362, 25 março, 1993.

4. Long, Austin; Sher, Andrei; e Vartanyan, Sergey, Nature, p. 364, vol. 369, 2 junho, 1994.

5. Lindhal, Tomas; Poinar Jr., George O., Recovery of Antediluvian DNA, p. 700, Nature, vol. 365, 21 outubro, 1993.

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