Em numerosas aplicações artesanais e industriais, bem como em atividades científicas, é de grande importância a garantia de um padrão de qualidade para a cor. O estabelecimento desse padrão exige preliminarmente um sistema de ordenação e classificação que possibilite a identificação rápida e precisa das cores. De longa data têm sido propostos sistemas diversos, com diferentes fundamentações, e hoje ainda são utilizados sistemas distintos, em função de suas peculiaridades tornarem-nos mais apropriados para as aplicações específicas a que se destinam. (Bibliografia: Palestras do Professor Kelson dos Santos Araujo proferidas no Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil – CETIQT, do SENAI).

É interessante, inicialmente, destacar a existência de alguns “sistemas” nos quais são colocadas juntas coleções de amostras coloridas, sem maiores preocupações com qualquer princípio norteador do arranjo. Nas aplicações, a maioria das coleções de cores destinadas a ilustrar as diferentes opções de cor para um determinado produto, por exemplo, dispõem as amostras ao acaso, ou próximo de uma disposição aleatória.

É curioso que, embora sabendo-se da existência de um “espectro eletromagnético” contínuo, correspondendo a luz visível a um intervalo determinado de freqüências e comprimentos de onda dentro desse espectro (ver a quarta capa deste número da Folha Criacionista), tenham existido tentativas de classificação das cores de uma maneira aleatória.

Outros “sistemas” que merecem ser citados, adotando certos princípios norteadores dos respectivos tipos de arranjo, são o Sistema de Cor da Tradição Islâmica, o Sistema de Aron Siegfried Forsius (1611), e o sistema desenvolvido por Sir Isaac Newton (1794), cujos escritos sobre Óptica integram até hoje os fundamentos da Colorimetria.

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