Jeremias 8:7 – “Até a cegonha no céu conhece as suas estações; a rola, a andorinha e o grou observam o tempo da sua visitação.”

Você já pensou que o vôo das aves exige muito mais do que somente a utilização dos princípios da Aerodinâmica? Talvez a “pilotagem” seja o que de mais complexo exista no vôo das aves. Manobras radicais, conhecimento de climatologia e meteorologia, plano de vôo, com o traçado das rotas, orientação em pleno vôo, etc., são “instintos” cujo surgimento é inexplicável pelo acaso. É esta mais uma comprovação da existência de planejamento minucioso e sofisticado.

Itinerários de algumas aves migratórias Maçarico; Triste-pia; Gavina; Cegonha européia

Outro fator a ser levado em conta no vôo migratório das aves é o controle do combustível. O combustível utilizado por elas são as suas reservas de gordura, e deve ser suficiente para manter sua autonomia de vôo ao longo de todo o itinerário, especialmente se precisarem sobrevoar o oceano sem possibilidade de escalas! O plano de vôo deve levar em conta a velocidade de cruzeiro mais econômica. Se a velocidade for muito grande, será gasta muito mais energia para vencer o atrito. Se for menor, será consumido muito combustível só para manter-se em vôo.
Cada espécie de ave migratória tem uma velocidade de cruzeiro ótima, e sabe atingi-la sem maiores e complicados cálculos! Mais um enigma que a evolução não consegue explicar. A pequena tarâmbola dourada (com apenas cerca de 25 cm) migra do Alasca para o Havaí, no inverno. É um vôo sem escalas de 4.500 km, pois não há nenhuma ilha em sua rota, e deve-se observar que ela não sabe nadar! Neste percurso a tarâmbola bate suas asas 250.000 vezes
consecutivamente, durante 88 horas ininterruptas.