A TEORIA DO DESIGN INTELIGENTE 
Enézio Eugênio de Almeida Filho
… Por que o darwinismo, apesar de tão inadequadamente apoiado (1) como teoria científica continua a acumular o apoio total do establishment acadêmico? O que continua a manter o darwinismo em circulação apesar de suas muitas falhas evidentes? Por que as alternativas que introduzem o design são excluídas do debate científico? Por que a ciência deve explicar somente recorrendo a processos naturais não guiados? Quem determina as regras da ciência? Há um código de “cientificamente correto” que, em vez de ajudar a nos levar à verdade, ativamente nos impede de perguntar certas questões e de chegar à verdade? O que é correto – evolução naturalista ou design inteligente?
… O Design Inteligente (DI) é uma ciência, uma filosofia e um movimento para a reforma educacional. Como ciência, é um argumento contra a afirmação darwinista ortodoxa de que forças inconscientes como variação, herança genética, seleção natural e o tempo sejam capazes de explicar as principais características (complexidade e diversidade) do mundo biológico. Como filosofia, é uma crítica da filosofia da ciência dominante que limita a explicação apenas a causas puramente físicas ou materiais. Como programa de reforma educacional, é um movimento público para fazer do darwinismo – suas evidências, pressuposições filosóficas e táticas retóricas – objeto de uma discussão pública bem informada, ampla, civilizada, e vívida. …
…. O que torna o DI controverso, é porque ele se propõe a encontrar sinais de inteligência na natureza e, especificamente, em sistemas biológicos. De acordo com o biólogo evolucionista Francisco Ayala, o maior feito de Darwin foi demonstrar como que a complexidade organizada dos organismos podia ser obtida à parte de uma inteligência que utilize design. Portanto, o DI desafia diretamente o darwinismo e outras abordagens naturalistas quanto à origem e a evolução da vida. …
… Como uma teoria de origem biológica e de desenvolvimento, a afirmação central do DI é que somente causas inteligentes explicam adequadamente as estruturas biológicas de informação complexa e que essas causas são empiricamente detectáveis. Afirmar que causas inteligentes são empiricamente detectáveis é afirmar a existência de métodos bem-definidos que, baseados nos aspectos observáveis do mundo, podem distinguir com segurança causas inteligentes de causas naturais não dirigidas. …
… David Baltimore, biólogo molecular americano (prêmio Nobel em 1975) afirmou: “A biologia moderna é uma ciência de informação”. A TDI apropriadamente formulada é uma teoria de informação. Dentro dessa teoria, a informação se torna um indicador confiável de causação inteligente bem como um objeto apropriado para investigação científica.
O astrônomo Carl Sagan escreveu um livro sobre a busca por inteligência extraterrestre chamado Contato, que mais tarde virou filme. A trama e os extraterrestres eram fictícios, mas Sagan baseou os métodos de detecção de design dos astrônomos do SETI exatamente na prática científica. Na vida real, até agora os pesquisadores do SETI (6) não tiveram êxito em detectar convincentemente sinais de design intencional do espaço sideral, mas se encontrarem tal sinal, como os astrônomos no filme fizeram, eles também vão inferir design intencional.
Por que os radioastrônomos no filme Contato chegaram a uma inferência de design dos sinais de rádio que eles monitoraram do espaço? Os pesquisadores do SETI escutam milhões de sinais de rádio coletados do espaço sideral através de computadores programados para reconhecerem padrões preestabelecidos. Esses padrões servem como peneira. Os sinais que não se encaixam em nenhum dos padrões passam pela peneira e são classificados como aleatórios.
Ano após ano recebendo sinais aleatórios aparentemente sem significado, os pesquisadores do filme Contato descobriram um padrão de batimentos (1) e pausas (0) que correspondiam à seqüência de todos os números primos entre 2 e 101. (7) (Os números primos são divisíveis somente por si mesmos e por 1). Aquilo surpreendeu e chamou a atenção dos radioastrônomos, e eles imediatamente inferiram uma causa inteligente. Quando uma seqüência começa com duas batidas (11) e depois uma pausa (0), três batidas (111) e depois uma pausa (0), e continua por todos os números primos até o número com cento e uma batidas, os pesquisadores precisam e devem inferir a presença de uma inteligência extraterrestre.
Eis aqui a razão dessa inferência: não há nada nas leis da Física que exija que os sinais de rádio tomem uma forma ou outra. A seqüência de números primos é, portanto, contingente em vez de necessária. Além disso, a seqüência de números primos é longa e portanto complexa. Se a seqüência fosse extremamente pequena e por isso não teria complexidade, facilmente poderia ter acontecido por acaso. Finalmente, a seqüência não era meramente complexa mas também exibia um padrão ou especificação independentemente dada (não era apenas uma velha seqüência de números qualquer, mas uma seqüência matematicamente significante – os números primos).
A inteligência deixa atrás de si uma marca registrada ou assinatura – que dentro da comunidade do DI é agora chamada de complexidade especificada. …
… A principal ligação do DI com as tradições religiosas é através do argumento de design. Talvez o argumento de design mais conhecido seja o de William Paley. Ele publicou o seu argumento em 1802 no livro Natural Theology [Teologia Natural]. O subtítulo é surpreendente: Evidences of the Existence and Attributes of the Deity, Collected from the Appearances of Nature [Evidências da existência e atributos da divindade, coletadas das aparências da natureza]. O projeto de Paley era examinar os aspectos do mundo natural (que ele chamou de “aparências da natureza”) e deles tirar conclusões sobre a existência e atributos de uma inteligência responsável pelo design daqueles aspectos (que Paley identificou como sendo o Deus da tradição judaico-cristã).
De acordo com Paley, se alguém encontrar um relógio num campo (e assim não ter todo conhecimento de como surgiu o relógio), a adaptação das peças do relógio para dizer as horas garante que ele é o produto de uma inteligência. Assim também, de acordo com Paley, as maravilhosas adaptações dos meios para os fins nos organismos (como a complexidade do olho humano com a sua capacidade de visão) garantem que os organismos são produtos de uma inteligência. A TDI atualiza o argumento do relojoeiro de Paley à luz da contemporânea teoria matemática da informação (17) e da biologia molecular, pretendendo trazer este argumento de design para dentro da ciência. …
… A visão darwinista da vida está rapidamente perdendo o contato com a realidade e com o design intencional que permeia o mundo no nível bioquímico – um mundo sobre o qual Darwin nada sabia. São muitas as anomalias, que têm resistido a todas as tentativas de serem resolvidas pelos procedimentos existentes do paradigma atual, mas a velha guarda do darwinismo, mesmo sabendo que as suas “idéias não correspondem aos fatos” [Cazuza], não está e nem ficará quieta: existe atualmente nos Estados Unidos uma inquisição sem fogueiras para os que criticam cientificamente o darwinismo.
No seu livro The End of Christendom, Malcolm Muggeridge escreveu:
“Eu estou mesmo convencido de que a teoria da evolução, especialmente na extensão na qual tem sido aplicada, será uma das maiores de todas as piadas nos livros de história do futuro. A posteridade irá se maravilhar como uma hipótese muito superficial e tão dúbia pôde ser aceita com a incrível credulidade que tem sido aceita”.
A visão darwinista, porém, como os ‘epiciclos’ de Ptolomeu, recusa-se em procurar a porta de saída paradigmática, para ser substituída por uma nova visão baseada na realidade: Design Inteligente.
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FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DA CIÊNCIA 
Eduardo Ferreira Lütz
Diante do uso que muitos criacionistas fazem da expressão ‘verdadeira ciência’, evolucionistas têm encontrado margem para acusá-los de considerar como ‘verdadeira ciência’ tudo o que concorda com sua opinião, e como sendo ‘falsa ciência’ tudo o que não se encaixa na visão de mundo criacionista.
Por outro lado, muitos no meio acadêmico e fora dele, usam a palavra ‘ciência’ como sinônimo de conjunto de conclusões e idéias comuns na comunidade acadêmica.
Conceitos desse tipo tendem a desviar a atenção dos tópicos fundamentais que nos ajudariam a colocar o método científico em seu devido lugar e a fazer bom uso dele.
Além destes problemas, diversos aspectos do funcionamento da Ciência parecem desnecessariamente misteriosos em função da definição de ‘método científico’ que muitos adotam.
A relação que mantemos em nossas mentes entre religião e ciência também tende a ser seriamente prejudicada, afastando-se consideravelmente do ideal bíblico dependendo da definição de ‘ciência’ que adotamos.
Falta de clareza nestas questões pode comprometer seriamente toda uma classe de argumentos úteis à controvérsia entre Criacionismo e Evolucionismo.
Nosso presente objetivo é o de trazer uma proposta que pode ser útil ao enfrentarmos obstáculos semelhantes a estes. …
… A Ciência apóia-se em duas colunas (em sentido figurado) que, por sua vez, têm um fundamento comum. Estas “colunas” são as seguintes:
· Observação controlada.
· Sistematização formal.
A observação controlada corresponde à parte experimental, prática, da Ciência. É nesta fase da Ciência que ocorrem pesquisas em laboratórios, pesquisas de campo, observações astronômicas, etc.
A sistematização formal é a parte teórica da Ciência, na qual comparamos dados, elaboramos teorias, comparamos e testamos idéias, tiramos conclusões, enfim, procuramos aproveitar ao máximo as informações obtidas pela observação controlada. …
Eis o significado de algumas das mais importantes palavras que costumamos usar quando falamos em método científico.
Axioma
Axioma é o ponto de partida de uma linha de raciocínio matemático, isto é, um axioma é um princípio.
Axioma é sinônimo de postulado.
Hipótese
A palavra hipótese tem mais de um significado.
1. Pode significar uma afirmação que se faz sobre alguma coisa e que pode ser verdadeira ou falsa. Neste caso, estamos interessados em descobrir maneiras de saber se a hipótese é falsa ou verdadeira.
2. Pode significar um princípio, isto é, um ponto de partida de uma linha de raciocínio. Neste caso, a hipótese também pode ser chamada de axioma ou de postulado.
Lei
A palavra ‘lei’ pode ser usada com mais de um significado.
1. Lei pode significar uma regularidade da Natureza, isto é, algo que sempre acontece de determinada maneira em determinadas circunstâncias. Geralmente, tais leis devem ser encontradas por cientistas experimentais (que fazem medições, experiências, observações, etc.).
2. Às vezes, também usamos esta palavra para significar certas equações de teorias que funcionam bem.
Modelo
Um modelo é uma forma de representar características de alguma coisa. Por exemplo, um texto que descreve algo pode ser considerado um modelo. Uma maquete também é um modelo. Um automóvel de brinquedo é um modelo que pode representar um carro de verdade.
Podemos classificar os modelos em duas categorias:
1. Modelos formais ou científicos: são representações que usam rigorosamente uma linguagem e uma metodologia da Matemática. Modelos formais também são chamados de modelos matemáticos.
2. Não-formais ou não-científicos: todos os modelos que não se encaixam na categoria formal.
Postulado
O mesmo que axioma.
Teoria
A palavra ‘teoria’ é praticamente um sinônimo da palavra ‘modelo’.
A diferença é que normalmente usamos a palavra ‘teoria’ para significar modelos que descrevem muitas coisas. Por exemplo, a “Teoria Eletromagnética” descreve os fenômenos eletromagnéticos. Podemos, por exemplo, usar esta teoria para fazer um modelo (que é mais simplificado) que represente um circuito de rádio, TV ou computador.
Vemos que, ao contrário do uso que muitos fazem, uma lei é algo mais primitivo e menos útil do que uma teoria. Uma boa teoria deve permitir deduzir um grande número de leis. …
… Para desenvolver e estudar modelos, por outro lado, usamos as mais variadas áreas da Matemática. As áreas mais usadas têm sido: Equações Diferenciais, Cálculo Vetorial, Cálculo Tensorial, Espaços Vetoriais, Estatística, Variedades Diferenciáveis, Álgebras, etc.
O raciocínio matemático, também chamado de raciocínio formal, é importante para que erros possam ser mais facilmente identificados e para que possamos penetrar em certas áreas inacessíveis à intuição humana desarmada.
O método científico não nos torna infalíveis, mas torna muito mais nítida a diferença entre estudos bem fundamentados e as meras especulações. Trata-se de um poderoso instrumento de conhecimento e é algo de grande utilidade no debate sobre as origens.
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CRONOMETRIA E CRONOLOGIA
REAVALIAÇÃO DA DATAÇÃO SUGERIDA PELO MÉTODO RADIOMÉTRICO DE 14C 
Adauto J. B. Lourenço
… Muitas contradições e problemas com as várias metodologias de datação radiométrica não são geralmente abordadas, nem tão pouco explicadas as causas das muitas inconsistências na interpretação tanto do registro fóssil, quanto do registro cronológico estratigráfico.
Portanto, antes das datações oferecidas serem aceitas como absolutas, há a necessidade da compreensão da falácia de algumas pressuposições básicas destes métodos e das imposições devido às suas limitações.
… A metodologia atual de datação baseia-se na proporção dos isótopos contidos numa rocha ou fóssil, sendo que a determinação desta datação absoluta é uma interpretação guiada por pressuposições. Outras possíveis interpretações podem também ser deduzidas alterando-se as condições iniciais subentendidas nas pressuposições.
A permanência dos fenômenos e a constância das condições (referências do uniformitarianismo) são os dois conceitos básicos que formam a base da origem das pressuposições dos métodos de datação radiométrica. Destes dois conceitos derivam-se as seguintes pressuposições:
1. As condições iniciais
2. A constância da taxa de desintegração
3. Um sistema fechado
… Muitos dos argumentos a favor de uma datação de milhões ou bilhões de anos baseiam-se em metodologia com suposições questionáveis. O método empregando 14C tem-se mostrado de grande valor como evidência contra a confiabilidade de datações convencionais.
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ORDEM, COMPLEXIDADE E ENTROPIA 
Orlando Ruben Ritter
… A Entropia é um conceito matemático associado à energia não utilizável num sistema onde há transformação de energia. É o caso de uma máquina térmica, aparato onde calor é transformado em trabalho, sob a égide dos princípios da termodinâmica que é a ciência que estuda tais transformações.
A primeira lei, que pode ser chamada “lei da conservação da energia”, afirma: energia pode ser transformada de uma forma para outra … transferida de um lugar para outro, mas … em qualquer processo de transformação a energia é conservada. Em outras palavras: Não pode ser nem criada, nem destruída.
A segunda lei é chamada de “lei do aumento da entropia”. Ela reza assim: Nas transformações naturais embora a energia seja conservada, há um constante aumento de energia não utilizável para fazer trabalho. Melhor: há um constante aumento de entropia associado às transformações.
Em outra linguagem: Nas transformações, energia não se perde, mas da energia algo se perde – sua capacidade de fazer trabalho, o que quer dizer que a entropia do sistema vai aumentando. Exemplo: renovação das fontes de energia.
Aliás, a condição necessária para a ocorrência de um processo é que ele resulte em aumento de entropia, seja a condensação de uma nuvem cósmica em estrelas, ou a construção de uma máquina térmica destinada à transformação de calor em trabalho. Se a entropia não aumentar, o processo é inviável. …
Entropia e Estatística
Tem-se procurado descobrir brechas na lei da entropia que é a lei do aumento provável da desordem. Alguns têm apelado para a natureza probabilística da entropia, afirmando que mesmo alta probabilidade não é certeza, havendo assim margem para a ocorrência do improvável – ordenamento e evolução. …
Demônio de Maxwell
É outra tentativa de furtar sistemas aos efeitos da lei da entropia. Seria o nome dado a um imaginário agente atuando a nível molecular com capacidade para escolher, dispor e ordenar átomos e moléculas de modo a reverter os efeitos da entropia. Seria um suposto agente ordenador a nível molecular. O provável raciocínio atrás da suposta existência de tal entidade, seria: a evolução para estados mais ordenados e complexos não pode ser discutida. É tida como provada e deve ser aceita. …
Explosões
Muitos gostam de imaginar que explosões poderiam ter capacidade organizadora. Por exemplo: a teoria do Big Bang nos domínios cosmológicos.
Tem-se imaginado que eventos catastróficos como explosões, provocariam tais “flutuações” que o sistema por elas perturbado, se deslocaria jogado para um estado de maior ordem. Talvez o fato de estados ordenados serem altamente instáveis, leve a essa imaginação.
Contudo, é muito pouco provável que um processo caótico como uma explosão, produza um ordenamento exatamente adequado para algo no estado pós-explosão. …
Entropia e Informação
… Sabe-se que planejamento inteligente contando com aparatos e materiais adequados, pode prover informação a sistemas abertos que resulte em ordenamento. Foi o caso dos experimentos de Stanley Miller, quando planejamento inteligente envolvendo retortas e fontes de energia permitiram sintetizar aminoácidos a partir de moléculas organogênicas. …
Informação adequada resultante de planejamento inteligente, contando com aparatos e elementos apropriados, é crucial na condução de processos de ordenamento ou replicação. …
Ainda por falta de informação adequada, a geração da vida tem sido improvável, mesmo sob planejamento e com sistemas de retortas e outras parafernálias contendo uma sopa primeva constituída de todos os presumíveis elementos da matéria viva nas devidas proporções. Da mesma forma, não tem sentido imaginar que a incidência de energia solar sobre um sistema proveja informação capaz de levar a crescimento e ordenamento no sistema. …
Alterando Probabilidades
… A natureza probabilística da entropia permite que mesmo inteligência humana possa prover informação capaz de alterar probabilidades. Contudo, algumas alterações parecem ser prerrogativas da Divindade, capaz que é de alterar configurações no mundo e na vida, realizando o que chamaríamos de “milagres” ao tornar provável o que antes, ou de outro modo, seria improvável. …
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CRIACIONISMO NA MÍDIA 
Michelson Borges
… No que diz respeito à ciência, a mídia acaba contribuindo para fortalecer certas mistificações, tais como:
(1) Ciência e fé são inimigas;
(2) Ciência e técnica são a mesma coisa;
(3) O cientificismo nasceu no coração da ciência;
(4) A lógica matemática descobriu tudo; se a matemática não descobre o “Teorema de Deus”, é porque Deus não existe;
(5) A ciência descobriu tudo; se não descobre Deus, é porque Deus não existe; e
(6) Não existem problemas de nenhum tipo na evolução biológica, só certezas científicas.
… Outro equívoco propagado pelos meios de comunicação diz respeito à crença dos cientistas. Dá-se a impressão de que praticamente todos os pesquisadores das ciências exatas e biológicas são evolucionistas ou céticos. Não é bem assim. Em 1916, cientistas americanos participaram de uma pesquisa sobre suas crenças religiosas. A mesma pesquisa foi repetida em 1996. Surpreendentemente houve pouca mudança nesses 80 anos. Em ambos os casos, cerca de 40 por cento dos cientistas disseram acreditar em um Deus pessoal, 45 por cento disseram não acreditar nisso e 15 por cento não responderam. (Ariel Roth, “Inteligent Design”, Perspective Digest, vol. 6, nº 3, 2001.) Por que, mesmo com o tremendo avanço da ciência desde o início do século passado até hoje, esses percentuais permanecem praticamente os mesmos? Parece que o abismo da Super é fictício… Michael Behe, na página 241 de seu livro já citado aqui, garante que “cientistas que acreditam em Deus ou numa realidade além da natureza são muito mais comuns do que a mídia nos leva a crer”. …
Polêmica no Rio
A decisão da governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Matheus, de implantar aulas de religião nas escolas do Estado reacendeu a polêmica sobre as origens, e fez com que isso ocupasse espaço nas páginas de jornais e revistas do País, no fim do mês de maio de 2004. A partir do segundo semestre, 1,7 milhão de alunos passaram a ter aulas de ensino religioso separados por credo. Até aí, tudo mais ou menos bem. A polêmica surgiu mesmo pelo fato de se incluir no currículo o ensino do criacionismo bíblico. Mais uma vez ficou claro que a mídia, de um modo quase geral, está mais disposta a sustentar paradigmas do que a alimentar debates aprofundados, no que diz respeito à controvérsia sobre as origens. …
…. O que se percebe é a tendência explícita de se defender a posição evolucionista, e ironia (e mesmo desconhecimento de causa) ao se tratar do criacionismo. As revistas científicas populares, via de regra, apenas estimulam a polaridade entre os dois modelos. Passam a idéia de que o criacionismo se trata de um antievolucionismo, e ignoram totalmente as pesquisas feitas por institutos científicos respeitáveis, como o Geoscience Research Institute (www.grisda.org), por exemplo. …
… Sobre o currículo ideal, o vice-presidente da SCB, engenheiro Rui Corrêa Vieira sugeriu e o jornal O Estado de S. Paulo publicou: “Os colégios devem dar espaço ao criacionismo e ao evolucionismo em igualdade de condições, e os professores devem oferecer bibliografia séria e científica para os alunos pesquisarem, para que eles escolham em qual delas devem acreditar.” …
… O jornalismo científico foge às suas propostas (elogiáveis) de esclarecimento quando divulga artigos carregados de preconceito e premissas questionáveis, formando opiniões unilaterais. “O cientista disse que Deus é um absurdo, então deve ser assim mesmo”, é a conclusão popular.
A polêmica em torno da decisão do governo do Rio de Janeiro de incluir criacionismo nas aulas de religião das escolas estaduais mostrou mais uma vez a tendenciosidade da imprensa quando o assunto é Origens. De modo geral, as revistas e jornais que deram espaço para o assunto apresentaram os criacionistas como religiosos fanáticos e o evolucionismo – como sempre – sinônimo de ciência. Ficaram claros o despreparo e a parcialidade dos repórteres da grande imprensa.
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COMPLEXIDADE IRREDUTÍVEL – “UMA SIMPLES FOLHA” 
Queila de Souza Garcia
… A vida de uma espécie vegetal é sustentada pelas suas folhas. A folha é um dos órgãos da planta e também apresenta grande diversidade de cores, formas e tamanhos. Geralmente as folhas são verdes, em várias tonalidades, porém, podem apresentar-se avermelhadas, roxas, amareladas, dependendo do estágio de desenvolvimento ou de particularidades adaptativas. As variadas colorações ocorrem em função do balanço de pigmentos dentro da folha. O tamanho pode variar de poucos milímetros até àquelas com mais de dois metros de comprimento. Quanto à forma, a folha pode ser simples ou composta, lisa ou recortada, ou até ser modificada em espinho. As folhas podem ser macias, com poucas camadas de células ou rijas e mais espessas e algumas são suculentas, armazenando uma grande quantidade de água. …
… Estruturalmente a folha é constituída por três tecidos básicos: o dérmico, que forma a epiderme, o fundamental, que compõe o limbo foliar (mesófilo) e o vascular, que inclui os vasos do xilema e floema. …
… A fotossíntese é o único processo de importância biológica que pode aproveitar a energia do sol para transformar compostos de baixa energia (CO2 e H2O) em compostos altamente energéticos como os carboidratos. Portanto, a folha é o órgão responsável pelo resfriamento da planta, bem como pela incorporação de biomassa e todos os processos de crescimento e desenvolvimento. …
… As células parenquimáticas possuem organelas especializadas, os cloroplastos, onde estão contidos os pigmentos e todo o aparato enzimático responsáveis pelos processos de captação da luz solar e sua transformação em energia metabólica (ATP e NADPH) e pela redução do CO2 a carboidratos. …
Uma “simples folha” constitui um complexo laboratório, que permite:
· Perceber a mudança da duração dos dias (fotoperiodismo) e desencadear alterações hormonais que comandam dormência e crescimento da planta
· Sintetizar compostos químicos fundamentais e secundários necessários para manter a vida e o crescimento da planta
· Manter sincronia dos processos de crescimento da planta com a sazonalidade e a produção de frutos e sementes.
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O EVOLUCIONISMO E O INTERVENCIONISMO NA GEOLOGIA 
Nahor Neves de Souza Jr.
… No presente texto serão então apresentados, resumidamente, dados disponíveis e a descrição de fenômenos segundo a geologia convencional. Finalmente, tentar-se-á enquadrá-los, coerentemente, em um modelo geocronológico consistente.
1. Impactos de Meteoritos
Atualmente, quase 200 crateras de impacto (astroblemas) já foram identificadas, ao longo de toda coluna geológica e em toda a superfície da Terra. …
2. Tectônica de Placas
O termo “tectônica”, de origem grega (tektonike), significa “arranjo” ou “disposição”. Portanto, a teoria da tectônica de placas procura explicar a disposição e movimentação das placas litosféricas (“delgada camada” periférica do globo terrestre fragmentada em várias partes), no espaço e no tempo. …
3. Ação Devastadora de Grandes Volumes de Água.
O processo de abertura de enormes fendas (com milhares de quilômetros de extensão e dezenas de quilômetros de profundidade) teria propiciado a liberação de grandes volumes de magma ou lava (material rochoso fundido). Sabe-se, no entanto, que nas erupções vulcânicas, antes da subida do material magmático, quantidades colossais de água podem ser liberadas. …
4. Vulcanismo Basáltico Fissural
Após, e mesmo durante a liberação de grandes volumes de água através das imensas fissuras, extravasaram-se quantidades inimagináveis de lava basáltica, cobrindo praticamente metade da superfície da Terra. Esse abrangente fenômeno vulcânico desenvolveu-se nas vastas bacias oceânicas em expansão (zonas de afastamento de placas tectônicas), bem como em sete grandes províncias continentais. …
5. Extinção em Massa
Não é tarefa difícil compreender a possibilidade de os quatro Fenômenos Geológicos Globais, já analisados, estarem interligados e evidentemente terem provocado morte catastrófica e rápido soterramento em curto (segundos a poucas horas) e em médio prazo (semanas e meses), de quantidades imensas de animais, marinhos e terrestres, hoje fossilizados. …
6. Vastos Depósitos Sedimentares
Nenhum fenômeno geológico, presentemente observado, pode coerentemente explicar a existência de camadas geológicas extensas e generalizadas na superfície da crosta terrestre. …
7. Extensas Camadas Carboníferas
Extensas e espessas camadas de carvão apresentam fortes evidências que favorecem uma origem alóctone – quantidades fantásticas de material vegetal foram drasticamente removidas transportadas e depositadas, ou rapidamente soterradas, por grandes volumes de água, juntamente com extraordinárias quantidades de sedimentos. …
Modelo unificador
Tendo em vista os dados até então apresentados, necessário se torna o estabelecimento de um “novo paradigma de tempo geológico”, em substituição à geocronologia padrão (que valoriza períodos de centenas de milhões de anos). …
Este modelo encontra-se representado, sinteticamente, no painel “Uma Breve História da Terra”. …
Concluindo, podemos então afirmar que, no que se refere à Geologia, a ciência e a fé podem conviver harmoniosamente. O conhecimento científico e a religião bíblica envolvem princípios e procedimentos perfeitamente compatíveis. Portanto, enquanto a ciência procura desvendar as maravilhas e os enigmas da criação, a religião deveria nos inspirar a melhor compreender o Criador e o Seu poder para recriar e salvar. Esta desejável e vantajosa associação, certamente, promoverá as verdadeiras motivações para uma vida produtiva, altruísta e feliz.
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OS TRILOBITAS: UM ENIGMA DE COMPLEXIDADE 
Arthur V. Chadwick e Robert F. DeHaan
Apresentação efetuada por Márcia Oliveira de Paula
… Os trilobitas eram formas requintadas, que possuíram corpos segmentados elaborados, com sistema nervoso cefalizado, apêndices torácicos e abdominais articulados, antenas e olhos compostos. …
… Os mecanismos que operavam nas células dos trilobitas, em seus tecidos e nos processos de seu desenvolvimento quando de seu primeiro aparecimento na Terra, podem ser determinados com detalhes precisos. …
O Olho do Trilobita
O olho tem sido objeto de admiração ao longo do registro da história devido a suas funções tão críticas e sua organização tão complexa. As propriedades de alguns olhos de trilobitas, descobertas recentemente, são semelhantes às de insetos modernos e representam uma “façanha em otimização de função” .
A lente de cada omatídeo individual era composta por um único cristal de calcita, sendo o eixo ótico-c do cristal coincidente com o eixo ótico da lente. Isso deve ter representado um problema extraordinário para o trilobita, já que uma simples lente esférica e grossa de calcita não poderia fazer com que a luz produzisse uma imagem coerente. Os trilobitas do Paleozóico Inferior até o Paleozóico Médio tinham um sistema óptico singular desconhecido em qualquer outra criatura, que solucionava este problema. …
“O olho de um trilobita bem poderia qualificar-se para a obtenção de uma patente de invenção”.
Quando uma lente como essa é encontrada na natureza, a lógica exige que o planejamento inteligente seja um elemento necessário para a explicação de sua formação. …
Os trilobitas e outras formas aparecem no cenário plenamente formados, como organismos perfeitamente competentes.
Sendo que as complexidades que acabamos de descrever estavam todas presentes e plenamente funcionais num dos primeiros animais multicelulares para o qual há registro, pode-se formular a pergunta: De onde derivaram estas complexidades? Onde e quando aconteceu a evolução? …
… Os trilobitas e todas as outras formas apareceram em cena como organismos completamente formados e completamente competentes. Já passou da hora de substituir a teoria da evolução orgânica por uma teoria que possa explicar os dados. A única teoria que pode explicar a origem da informação é a teoria da Criação Especial.
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SEDIMENTOLOGIA E HIDRODINÂMICA 
Ruy Carlos de Camargo Vieira
… Os escoamentos de fluídos, tanto newtonianos como não newtonianos, podem ocorrer sob dois regimes distintos: o regime laminar e o regime turbulento.
Nesses dois regimes, faz-se sentir o efeito da viscosidade do fluido em escoamento nas imediações de superfícies sólidas, devido à ação das forças provocadas pela interação sólido/fluído, que tendem a deformar o fluído. Sobre a superfície sólida atuam então tensões tangenciais que originam forças de atrito que podem erodir o material da superfície sólida, provocando sua abrasão mais ou menos intensa e rápida dependendo das características mecânicas da superfície. As propriedades mecânicas dos metais (dutilidade, dureza, etc.) os tornam mais resistentes, enquanto que as características de materiais rochosos, friáveis e consolidados mediante cimentação de grãos, os fazem pouco resistentes à abrasão, que poderá ocorrer de forma intensa rapidamente. …
… No interior do fluído em escoamento podem também ocorrer regiões de pressões baixíssimas (correspondentes a velocidades de escoamento elevadíssimas) onde se dê a formação de bolhas gasosas que, arrastadas pelo escoamento, poderão entrar em colapso sobre superfícies sólidas de dutos ou canais por onde escoa o fluido, originando pontualmente pressões elevadíssimas. Este fenômeno, conhecido como “cavitação”, ocasiona um violento e rápido processo destrutivo da superfície sólida sobre a qual a bolha entra em colapso.
Observa-se, portanto, que escoamentos turbulentos de fluidos (tanto newtonianos como não newtonianos), com velocidades elevadas, podem ocasionar efeitos destrutivos intensos sobre as superfícies com as quais estejam em contato, em pequenos intervalos de tempo. …
A Sedimentologia é um ramo da ciência que tem ligação direta com os fenômenos de escoamentos de água com suspensões de partículas sólidas (portanto um fluido não newtoniano). De fato, sedimentos de natureza geológica são conseqüência da deposição de partículas transportadas por água em escoamento. …
Os estudos dessas camadas sedimentares, estratificadas, levou à proposição dos Princípios da Estratigrafia, estabelecidas por Steno em 1669:
· Princípio da Superposição
· Princípio da Horizontalidade Inicial
· Princípio da Continuidade dos Estratos
… Ao contrário do caso extremamente simples regido pela Lei de Stokes, o comportamento de escoamentos de fluidos não newtonianos em regime turbulento é altamente complexo para ser tratado teoricamente. Como em outros campos da Hidrodinâmica, entretanto, podem ser obtidos resultados de interesse mediante experimentação realizada em laboratório, sob condições controladas.
Recentemente, experimentos conduzidos por vários pesquisadores têm levado ao questionamento da validade geral dos Princípios Básicos da Estratigrafia estabelecidos por Steno, mostrando que a formação de estratos geológicos é um fenômeno resultante de complexos escoamentos de fluidos não newtonianos (suspensões de partículas assimétricas) em regime turbulento.
Desta forma, os Princípios estabelecidos por Steno realmente têm sua validade restrita apenas ao caso particular da sedimentação em água calma, em condições onde é válida também a Lei de Stokes. …
Deve ser revisto o conceito de Escala de Tempo Geológica no que diz respeito ao seu estabelecimento com base na crença de que os Princípios da Estratigrafia aplicam-se de maneira geral.
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