O movimento que defende o planejamento inteligente do Universo
pode ser uma evidência de que a ciência está finalmente buscando a Deus.
Dois séculos atrás, o matemático e astrônomo francês Pierre-Simon De Laplace desenvolveu a “Hipótese Nebular”. Essa hipótese propunha que o Sistema Solar fora originado pela condensação de substâncias inicialmente em estado gasoso.
Laplace, já então famoso, decidiu presentear o imperador Napoleão com um dos seus livros. Sabendo de antemão que o livro não fazia qualquer menção a Deus, o imperador perguntou a Laplace por que ele nem sequer mencionava o Criador do Universo. Laplace respondeu laconicamente: “Eu não vi necessidade alguma dessa hipótese em particular”. Esse fato de que Laplace não precisou de Deus em sua teoria reflete a atitude dominante no pensamento científico durante a maior parte dos dois últimos séculos.
Na época em que Laplace estava expondo seus pontos de vista, o teólogo e filósofo William Paley argumentava que Deus era necessário para explicar a complexidade da natureza. Sua ilustração, agora muito comum, era a seguinte: se alguém encontrasse um relógio no chão, concluiria que devia haver um planejador daquele relógio; ele não teria surgido por acaso. Da mesma forma, outras coisas complexas como os seres vivos devem ter tido um planejador.
Acontece que um relógio é muito simples quando comparado com os sistemas biológicos. Será que os organismos complexos realmente têm um planejador? Richard Dawkins, da Universidade de Oxford, classificou o argumento de Paley como “extremamente errado”. Ele salienta que a evolução darwiniana assumiu o papel de um planejador.
Apesar disso, o argumento de Paley está novamente sendo considerado com seriedade nos círculos intelectuais. Muitos cientistas não estão satisfeitos com a idéia de que a complexidade que vemos ao nosso redor é simplesmente acidental. Ao contrário, têm concluído que existe uma inteligência dominante por trás do Universo.
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