Clifford L. Lillo
Na revisão crítica procedida por Clifford L. Lillo, no “Creation Research Society Quarterly” de dezembro de 2000, relativamente ao livro “God’s Promise to the Chinese”, de autoria de E. R. Nelson, R. E. Broadberry e G. T. Chock (Read Books Publisher, Dunlap, TN, 1997, 140 pp.) tem-se um interessante apanhado da obra, incluindo menção a outros livros de autoria ou co-autoria da Dra. Esther R. Nelson.
Transcrevemos, a seguir, a mencionada revisão crítica, para em seguida tecermos outras considerações relacionadas com o assunto, que poderão ser bastante esclarecedoras para aqueles que nos lêem.
Têm sido encontrados nos escritos chineses, que utilizavam caracteres antigos, relatos a respeito do princípio do mundo e da raça humana. Devido a terem havido contínuas modificações dos caracteres chineses no decorrer do tempo, os três autores deste livro tiveram de localizar algum documento no qual os antigos caracteres tivessem sido utilizados. Então examinaram eles a escrita mais antiga inscrita em ossos, e em carapaças de tartaruga, denominada “escrita de oráculos, em ossos”, que era utilizada por adivinhos.
De acordo com os autores, o relato de Moisés sobre o princípio da história da Terra “foi escrito em torno de 1500 A. C., mais de 200 anos após o início da Dinastia Shang, que produziu a mais antiga escrita chinesa existente, as inscrições de oráculos em ossos” (página 13). Desta forma, nesta versão chinesa do princípio do mundo, nada poderia ter sido copiado dos livros da Bíblia hebraica. Existem, entretanto, impressionantes semelhanças entre os dois conjuntos de relatos.
Os cristãos crêem em um Deus Triúno, ou três pessoas em um só Deus. O símbolo usado pelos antigos chineses para “a manifestação de Deus”, ou para a raiz da palavra “Deus” inclui o símbolo para três pessoas completas. Também o símbolo para “Espírito Santo” emprega três linhas verticais representando três pessoas completas.
Os cristãos crêem que Deus criou todas as coisas. Os autores do livro afirmam: “Você sabia que os antigos ensinamentos dos chineses revelam que o primeiro casal na Terra era de bela compleição física, inteligente, seres criados de maneira especial? Eles refletiam mesmo a imagem do seu grande Deus Criador, Shang Di. De acordo com os chineses, Shang Di não só criou as pessoas, mas também a Terra e toda a vida nela existente, bem como todo o universo (página 7).
O livro inclui grande número de exemplos de construção de ideogramas. O termo para “cobiçar” ou “desejar” consiste de uma mulher ajoelhada entre duas árvores. Os autores dizem que isso poderia ser interpretado como Eva distanciando-se da árvore da vida e cobiçando o fruto da árvore da ciência do bem e do mal. O ideograma dos oráculos em ossos que representa “negativa”, ou “não”, consiste de uma serpente em duas árvores, que poderia ser interpretado como uma serpente escondendo-se nas árvores da vida e da ciência do bem e do mal.
O livro “God’s Promise to the Chinese” é o segundo escrito pela Dra. Nelson. “The Discovery of Genesis”, escrito em co-autoria com C. H. Kang e publicado em 1979 (Concordia Publishing House, St. Louis, MO.) também versa sobre pictogramas e ideogramas. Nestes dois livros o leitor poderá defrontar-se com alguma redundância, mas ambos são necessários para uma compreensão melhor da concordância entre o livro de Gênesis e a antiga escrita chinesa.
Mais detalhes serão dados no número 63/64 da Folha Criacionista.