A revista “Creation Ex-nihilo Technical Journal”, publicada pela “Creation Science Foundation Ltd.”, entidade não-denominacional, sem fins lucrativos, sediada na Austrália, um dos principais periódicos criacionistas atuais, publicou em seu número 3, volume 12, de 1998, o interessante artigo em epígrafe, apresentando uma síntese relativa à origem das línguas de forma bastante consistente com os dados arqueológicos, históricos, bíblicos, e lingüísticos existentes.
A base dos estudos apresentados é a busca de correspondência entre os grandes grupos lingüísticos e a descendência de Noé.
Os lingüistas reconhecem um grupo hamito-semítico no qual as línguas semíticas ter-se-iam originado na Mesopotâmia, e as hamíticas (ou camíticas) no Oriente Médio e na África, o que é consistente com a migração dos descendentes de Cam para o oeste e o sul, os descendentes de Jafé para o norte e o leste, ficando os descendentes de Sem nas vizinhanças da Mesopotâmia.
Sem dúvida, muitas interrogações continuarão sempre a existir, mas aos poucos pode ir sendo construído um quadro da origem das línguas em conexão com o relato bíblico da dispersão dos povos após o dilúvio universal.
Aproveitando os laços que se estabeleceram com o pesquisador Luiz Caldas Tibiriçá por ocasião da realização do Encontro Internacional e III Encontro Nacional de Criacionistas, no mês de janeiro próximo passado, a Sociedade Criacionista Brasileira lhe enviou uma cópia do referido artigo, para análise, e dele recebeu uma interessante carta na qual são feitas considerações de importância, que a seguir são transcritas, para apreciação de nossos leitores:
“Quanto ao trabalho do Sr. Thomas C. Curtis, pouco tenho a dizer. É baseado em fatos históricos conhecidos.
Ele, no entanto, pouco fala sobre línguas ameríndias, que classifica como pertencendo ao grupo páleo-siberiano erroneamente. Este erro deve-se ao velho conceito de Humboldt que supunha terem os indígenas da América transposto o estreito de Bering. Hoje sabemos que nenhum ser humano atravessou esse estreito.
No período glacial, as hordas siberianas, não podendo sobreviver ao norte, desceram ao sul e sudoeste, e além disso, as línguas ameríndias nenhuma relação têm com as siberianas, a não ser os esquimós, que penetraram na América tardiamente pelas Ilhas Aleutas.
As raízes mais antigas da língua maia são semíticas; o tupi deriva do sumeriano; as línguas do Altiplano Andino derivam, algumas diretamente do dravídico, outras do grupo drávida-australiano; as da América do Norte, umas derivam do grupo Munda-polinésico, outras do chinês, do japonês, com vestígios de árabe, celta, germânico, etc. Algumas línguas da América do Sul têm vestígio do copta e do etíope.
Eu não me preocupo com a cronologia. Meu papel de investigador é demonstrar, com fatos, que houve uma língua mãe única, que se espalhou por todos os continentes.
Quanto ao etrusco e o basco, chamados de línguas isoladas, são casos à parte. Não podem ser classificados porque derivam de inúmeras fontes: européias, mediterrâneas, mesopotâmias e asiáticas. E assim também são muitas línguas ameríndias.”
E finalizando a sua carta com a apreciação a respeito do artigo de Thomas C. Curtis, Luiz Caldas Tibiriçá dá a importante notícia transcrita a seguir:
“Eu descobri na Bahia, numa localidade chamada Beta, antiga mina com construções antiqüíssimas, que bem pode ser a Ofir dos egípcios, ou a célebre mina de Salomão.”
Além desta descoberta, outras foram feitas pelo pesquisador, pouco divulgadas no Brasil, como por exemplo, as ruínas de uma cidade celta, também no sertão da Bahia.