Observação sobre a natureza insatisfatória dos fósseis da série do cavalo, como evidência da evolução(*)

O Professor H. Nilsson reuniu poderosos argumentos referentes ao caráter artificial da assim chamada “árvore genealógica” da evolução do cavalo. Neste artigo são traduzidas, discutidas e ilustradas as afirmativas de Nilsson. Numa análise mais profunda, a coleção de restos fósseis do cavalo não é um contínuo de fósseis bem integrados, mas sim um conjunto de grupos separados variando grandemente em tamanho e outras características. O Hyracotherium (Eohippus), por exemplo, foi muito provavelmente não um cavalo, mas um animal muito semelhante ao contemporâneo Hyrax ou Daman. Os restos do Mesohippus e do Parahippus representam um grupo separado que não se relaciona com o Hyracotherium nem com o Equus, o cavalo moderno. A “árvore genealógica” do cavalo é artificial porque foi construída com partes não equivalentes que não têm relação entre si. É considerada também a evidência posterior ao estudo de Nilsson. Conclui-se que a família do cavalo é singular e separada, e que as evidências podem ser ajustadas, sem qualquer violência, ao caso da criação especial.

Introdução

É grandemente difundido o uso de árvores genealógicas construídas para indicar possíveis ligações entre várias espécies e grupos maiores do reino animal, visando à apresentação da evolução. É essa uma forma particularmente sutil de apresentação, pois é freqüentemente suposto pelo leitor que o próprio desenho seja evidência dos elos de ligação forçadamente sugeridos pelo desenho (Ver Figura 1).

Vêm imediatamente à memória dois casos recentes em que, sem absolutamente nenhuma evidência para apoiar seu ponto de vista, comissões de estudiosos despenderam enorme esforço simplesmente para mostrar que uma árvore paleobiológica pode ser traçada para o seu grupo escolhido de animais (***). Isto, por si mesmo, não é objetável, porém os incautos são facilmente colhidos intelectualmente pela erudição manifestada, sendo levados a acreditar que tal foi, de fato a maneira pela qual se deu o desenvolvimento daquele grupo de animais na natureza – realmente essa é a conclusão inevitável dos autores do esquema.

Volvendo agora à supostamente mais poderosa evidência em apoio a evolução, (isto é, a transformação das espécies), somos convidados a considerar o caso da alegada evolução do cavalo. Mostrando que de fato assim é, transcrevo de um artigo recente do Professor F. H. T. Rhodes (1).

Em um nível taxonômico mais baixo, entre gêneros, por exemplo, temos também um número substancial de seqüências transicionais. Uma das melhores de todas é a seqüência de cavalos ligando a forma eocênica do primitivo Hyracotherium, de tamanho reduzido, com o atual cavalo. Esta foi uma das primeiras seqüências fósseis já descritas. Primeiramente foi descrita por Kovalevsky em 1874, e posteriormente foi ampliada por Marsh e interpretada por Huxley. A bela seqüência gradativa, que esses fósseis mostram está agora tão bem descrita [por exemplo Simpson, 1951 (****)] que precisamos somente resumir seus principais aspectos. Estes envolvem o aumento no tamanho do corpo, o aumento na capacidade craniana e a alteração de sua forma, alterações nos dentes, envolvendo a premolarização dos molares, e o aprofundamento dos dentes, juntamente com o preenchimento das depressões nas superfícies superiores com cimento. A esses aspectos se associaram alterações nos membros, com redução gradual do número de dedos, e com alteração total na estrutura dos membros, associada com a alteração na postura, ao passar do apoio nas plantas dos pés ao apoio elástico. Ora, essa série é incontroversa. Ela provê clara evidência da transição de um gênero a outro ao longo de um período de aproximadamente setenta milhões de anos.

Em segundo lugar, em todos os níveis taxonômicos existem agora, em um número limitado de casos, exemplos de continuidade. Consideremos primeiramente os níveis taxonômicos elevados. Temos aqui, especialmente nos vertebrados, notáveis formas transicionais entre várias classes. Entre os peixes crossopterígios e os anfíbios, temos os ictiostegídeos, parte peixes e parte anfíbios, conhecidos no Devoniano Superior ou no Mississipiano Inferior da Groenlândia. O elpistostégio do Devoniano Superior é intermediário entre os ictiostegídeos e os osteolipídeos (Westoll, 1938, 1943, 1958). Entre pássaros e repteis temos o famoso arqueoptérix.

Da mesma maneira,encontra-se no livro do Dr. G. A. Kerkut: (2)

Não é exeqüível, ao discutir as implicações da Evolução, deixar fora da discussão a evolução do cavalo. A evolução do cavalo provê uma das chaves mestras do ensino da doutrina evolucionista, embora a história real dependa em grande parte de quem está contando, e de quando ela está sendo contada.

Continuarei, agora, mostrando que é passível de sérias dúvidas a idéia evolucionista de que o cavalo constitui evidência válida de transformação. Espero mostrar em seguida que a apresentação geral dos argumentos evolucionistas não pode levar à convicção que lhes é universalmente creditada pelos não especialistas em Biologia, que, naturalmente, supõem que os biologistas estudem as evidências sem paixão, tanto quanto isso seja possível, na defesa do ponto de vista controvertido por eles esposado.

Volto-me aos poderosos argumentos expostos pelo falecido Professor H. Nilsson no seu trabalho “Synthetische Artbildung” (3). Infelizmente, essa obra enciclopédica é bastante cara, além de rara; além disso, é escrita em Alemão, e portanto não facilmente acessível a leitores de outras línguas. Sou agradecido, portanto, a meu amigo Sr. C. H. Greenstreet, por ter feito, a meu pedido, uma tradução da parte relevante do “Synthetische Artbildung” sobre o cavalo, sendo meu privilégio apresentá-la pela primeira vez em Inglês. Agradeço também a gentileza dos Editores de “Synthetische Artbildung”, Sra. C. W. K. Gleerup, de Öresundvägen, Lund, Suécia, pela permissão para publicar esta tradução e assim trazer essas importantes idéias a um público maior. As figuras, as notas de rodapé, a introdução, a conclusão e a extensa bibliografia apresentadas aqui constituem minha contribuição a este estudo e não fazem parte do trabalho original do Professor Nilsson.
(*) Nota do Editor da C.R.S.- Este artigo baseia-se no capítulo do livro lançado, intitulado “Simpósio sobre a Criação, III”, sendo reproduzido aqui pela gentil permissão do editor, Donald W. Patten, e da publicadora, Baker Book House, Grand Rapids, Michigan. “Simpósio sobre a Criação, III” (efetivamente lançado em setembro de 1971). Será o terceiro de uma série de três simpósios tratando de tópicos criacionistas selecionados. O volume III conterá os seguintes ensaios: “Teorias sobre a vida e sua origem”, Por J. Hewitt Tier; “A suposta evolução do cavalo”, por Frank W. Cousins; “A suposta evolução dos pássaros (arqueoptérix)”, por Frank W. Cousins; “O processo Scopes”, por Bolton Davidheiser; “A célula”, por David Tilney.

(***) “Gênesis dos Hymenoptera e as fases de sua evolução”, S. I Malyshev, Londres, 1969 (63/-), Os Cnidaria e sua evolução, Simpósios da Sociedade Zoológica, Londres, nº 16, Editado por W. J. Rees, Londres, 1966 (1051).

(****) Simpson, G. G., (1951), “Horses”, Oxford University Press, New York.

O Cavalo

Quão inumeráveis são as árvores genealógicas que se estruturam tão somente porque “linhas de ligação sobre o papel” formam as pontes intermediárias! Sem elas, a construção de uma árvore genealógica seria praticamente impossível, pois são particularmente as forquilhas de ligação que na realidade quase sempre estão ausentes. Facilmente pode alguém certificar-se disto em qualquer literatura pertinente.

Aqui alguém poderá interromper: Mas não! Mesmo que todas as outras árvores genealógicas fossem demolidas, uma entretanto seria mantida, fundamentada paleobiologicamente, construída continuamente e seqüencialmente, estabelecida através de todo o Cenozóico (*) – “a árvore genealógica do cavalo”. (**)

É verdade que se tem falado do “desfile eqüestre” evolucionista, chamando-se a atenção orgulhosamente por um lado à integralidade de uma longa série de transformações, enquanto que por outro lado enfatizando desdenhosamente a natureza da série como um notável caso particular de sucesso.
(*) Cenozóico – a época dos mamíferos, considerada como se estendendo de sessenta milhões de anos atrás, até nossos dias.
(**) A idéia da evolução do cavalo iniciou-se com o trabalho de Kowalewskii sobre formas européias e asiáticas; ver Kowalewskii, V. D. (1842), “Sur L’Amchiterium aurelianense et sur l’histoire paleontologique des chevaux”, Mem. Acad. Imp. Sci. St. Pet., 7, vol. 20.

Figura 1 – Filogenia animal (apud de Beer) (De “Fossil Man, a Reappraisal of the Evidence” , por F. W. Cousins, 1961, publicado pelo The Evolution Protest Movement, Hampshire, Inglaterra.

Esta árvore filogenética é típica da maneira pela qual os evolucionistas apresentam sua causa. Foi ela redesenhada pelo autor, do “Atlas da Evolução”, de Beer, Nelson, 1964, página 155. Ao apresentá-la, de Beer declara: “Os animais evoluiram a partir dos Protófita pela perda da clorofila e aquisição de nutrição holozóica. A partir dos Protozoa os Parazoa produziram as esponjas, e os Metazoa deram origem a dois grupos principais conduzindo aos invertebrados superiores e aos vertebrados, respectivamente”. Não há, entretanto, evidência alguma de tal cadeia evolutiva. Não há evidência de que no início da cadeia um único protozoário tenha se transformado em um metazoário. (6) O autor não achou dificuldade em desenhar esta árvore filogenética, porém as linhas, a sua inclinação, a sua espessura, e a sua graciosa curvatura, não devem ser confundidas com a evidência de ligações genealógicas reais (de Heywood, V. H., e McNeill, J. – Phenetic and Phylogenetic Classification. Nature, vol. 203, nº 4951, páginas 1220-1224, 19 de setembro de 1964).
São inúmeros os entusiastas. Pode-se ainda ver nas recentes publicações de sumários críticos sobre a evolução (que não mais são escritos por especialistas em filosofia natural ou por morfologistas puros), como a árvore genealógica do cavalo é comparada a um verdadeiro “experimentum crucis”. Isso é assim destacado no livro “A Causa da Evolução”, de autoria do geneticista e bioestatístico J. B. S. Haldane (4) (e no recente “Atlas da Evolução” do preeminente darwinista Sir Gavin de Beer (5) – ver Figura 2).
Devemos nos deter um pouco mais profundamente em todas as ocorrências para discernir quão profundamente está ancorada a credibilidade da sua série evolutiva, a despeito do fato de que o bioestatístico a aceite rapidamente. De fato, certamente é claro que nem o número das formas, nem a possibilidade de arranjá-las em uma série constitui prova a seu favor.

É instrutivo relembrar como os fósseis mais antigos do Eoceno pertencentes a essa série eram interpretados anteriormente, Davies (6) faz um bom apanhado a respeito. Longe está ele de abrigar pensamentos antievolucionistas, tanto que escreveu seu livro mais como contribuição polêmica contra o verdadeiro crítico inglês da teoria da evolução, Dewar (7).

Owen, (8) o descobridor do primeiro fóssil eozóico (*) nas argilas de Londres, interpretou o fragmento de crânio como o de um novo gênero de ungulados que denominou de Hyracotherium. Esse nome se refere ao gênero Hyrax, o “Klippschliefer” ou “Daman” (**) que hoje é nativo nas montanhas da África e da Ásia Ocidental. Owen não quis afirmar que o Hyracotherium se assemelha mais ao “Klippschliefer” do que qualquer outro gênero de paquidermes, mas somente que o tamanho do animal parecia se aproximar mais daquele gênero. Seu nome binário era “Hyracotherium leporinum”; pelo nome específico desejava chamar a atenção para certos aspectos do crânio que lhe pareciam semelhantes aos dos roedores. Quando posteriormente ele foi capaz de descrever um crânio quase completo e partes dos membros, não ousou identificar as duas formas, mas introduziu uma nova forma, o “Pholophus vuliapeps”, isto é, um tipo com cabeça de raposa, porém com dentes posteriores múltiplos como nos animais ungulados. Essa forma tem sido incluída pelos paleontologistas, mais recentemente, no gênero Hyracotherium.

Como será visto imediatamente, a partir dessa situação, Owen achou uma indicação de correspondência de características do Hyracotherium com diversas ordens, inclusive a dos ungulados. Entretanto, não fez ele menção a relação com os eqüídeos.

Quando, perto do fim do século XIX, ainda foram feitas novas descobertas de fósseis semelhantes ao Hyracotherium, achou-se que eles se aproximavam mais de outras formas, incluindo o tapir e o rinoceronte. Os animais ungulados do Eozóico, do tipo perissodátilo(***) foram então reunidos em uma família, a dos Lophiodontídeos (****).

Muito cedo, portanto, já no meio do septuagésimo ano do século anterior, foram lançadas as raízes de uma árvore genealógica do atual cavalo, a partir desse material. As descobertas do paleontologista americano Marsh, e de outros, foram exibidas esquematicamente em uma conferência pronunciada por Thomas H. Huxley em Nova York, mostrando-se em ordem crescente e em série, os pés dianteiros e traseiros, os antebraços, o osso da perna traseira, os tipos de dentes, e as superfícies dos dentes posteriores. [O autor reproduziu o quadro na Figura 3]. A partir deste trabalho, os ancestrais do cavalo imediatamente se completaram. Isso foi publicado por Marsh em 1879 e desde então achou rápido acolhimento em muitas publicações e livros didáticos; de fato, é o que se vê ainda hoje, totalmente ou em parte, quase sem alteração.

Desde então, mais de setenta anos se passaram, e foi feita grande quantidade de novos achados. A continuidade da série tornou-se em certos casos mais íntima. Osborn, o célebre especialista em cavalos fósseis, que tanto têm aumentado em número, também ficou tão grandemente impressionado com as transições graduais, que considerava todo o processo de “se tornar um cavalo” em resultado de um deslocamento das proporções de características, como um puro caso de transformismo, no sentido darwinista. Após a discussão da série eqüina, ele resumiu sua opinião na seguinte afirmação característica [Osborn, (9) página 268]:

(*) Eozóico – termo sugerido para o sistema pré-cambriano, porém pouco utilizado. Significa “a aurora da vida”.
(**) Daman – do nome arábico Daman israil, “carneiro ou cordeiro de Israel” (não tendo embora semelhança de cordeiro). O “coelho das rochas” na Síria, ou “lebre” das Escrituras (Hyrax syriacus) é denominação também estendida à espécie encontrada no Cabo (Hyrax capensis, ou saphan das Escrituras).
(***) Perissodátila – ungulados, ordem de mamíferos que inclui cavalos, tapires e rinocerontes.
(****) Lophiodonte – mamífero fóssil do período eocênico, relacionado com os tapires.

 

Figura 2 – A evolução do cavalo
(De acordo com de Beer, “Atlas of Evolution”, 1964)

Os exemplos acima ilustram o fato geral de que alterações de proporção produzem a maior parte da evolução e da adaptação dos mamíferos. O ganho e a perda de partes, que constituem um fenômeno tão conspícuo na hereditariedade estudada do ponto de vista mendeliano, é um fenômeno comparativamente raro. As alterações de proporção são estabelecidas através da maior ou menor velocidade dos caracteres isolados e de grupos de caracteres; por exemplo, a transformação do cavalo com quatro dedos situado na base do Eoceno inferior, em embrião do cavalo moderno com três dedos, é produzida pela aceleração do dígito central e o retardamento dos dígitos laterais. Esse processo é tão gradual que exigiu um milhão de anos para completar a redução do quinto dígito, a qual levou o cavalo originalmente tetradátilo ao estágio tridátilo; e exigiu mais dois milhões de anos para completar o retardamento do segundo e do quarto dígitos, que são ainda retidos na cromatina e se desenvolvem lado a lado com o terceiro dígito por vários meses durante a vida intrauterina inicial do cavalo.
De acordo com Osborn, o dedo mínimo também exigiu um milhão de anos para ser continuamente reduzido até a extinção. Ele raciocinava, entretanto, com somente três milhões de anos para todo o período Cenozóico. Hoje em dia esse período é estimado em pelo menos trinta milhões de anos (*). A redução de um determinado dedo assim exigiu dez milhões de anos (**). O pensamento não é pouco engenhoso (***).
Alguém poderá perguntar: É a continuidade então realmente tão marcante no caso da série dos Hippi (os nomes também são contínuos) estabelecida em torno de 1879?

Procuramos o melhor especialista europeu em fósseis de cavalos, Abel, (10) que também está bem familiarizado com as descobertas americanas. Em seu “Paleobiologia e História Genealógica” que é cinqüenta anos mais recente do que a obra de Marsh, é tratado o problema do cavalo a partir do ponto de vista moderno, de tal modo que se pode dizer ser relevante o trabalho representativo da atual situação da pesquisa.

Na Figura 4 esquematizei a árvore genealógica dos eqüídeos, em conformidade com a página 288 do livro de Abel, de maneira integrada, acrescentando os estágios e formações geológicas tanto para a Europa quanto para a América do Norte. Como se pode ver, constroi-se aqui uma árvore genealógica hipotética, de maneira bastante destacada. Muitas formas foram acrescentadas, ramificando-se do tronco principal e desaparecendo. Aqui também tudo parece desenvolver-se numa série temporal ininterrupta e imperturbável. Um desfile eqüestre, na verdade, surge perfeito da escuridão.

Entretanto, quando se estuda cuidadosamente a descrição da gênese do cavalo feita por Abe1, não é pequena a surpresa diante de diversas observações.

Ainda é despertada a atenção, como anteriormente, à plena continuidade da árvore genealógica do Equus, de tal modo que se tem imediatamente a impressão de que ocorreu desenvolvimento sem perturbação alguma. Não se esperam nesse caso descontinuidades quer biológicas quer geológicas. Entretanto, Abel fala de “antigos cavalos” e “cavalos recentes”. Estes últimos formam dois grupos claramente independentes: o dos cavalos pequenos e mais primitivos, e o dos grandes cavalos semelhantes ao equus. Este último grupo se inicia com o Merychippus. O aspecto deste gênero é descrito como segue:
(*) Esse período duplicou de 1930 para cá. Hoje é de 60 milhões de anos e não 30 milhões. O argumento de Nilsson é portanto grandemente reforçado.
(**) Esta cifra seria hoje de 20 milhões de anos.
(***) Nota do Editor: É óbvio ao leitor que Nilsson tinha alguma fé nas supostas imensas idades da coluna geológica uniformista, como tinham Douglas Dewar e alguns outros criacionistas de uma geração anterior. A Creation Research Society mantém-se inalteravelmente em oposição à hipótese das “Idades-longas”, e a favor de uma criação relativamente recente (embora não necessariamente datando de 4004 a.C.), Apesar disto, é de interesse, como o autor Frank Cousins ressalta, que a evidência a favor da criação dos cavalos é tão clara que não pode ser negada mesmo que se recorra à chamada “ciência” da estratigrafia, ou a supostas longas épocas de tempo geológico. Para numerosos artigos relativos a evidências provenientes de vários campos, a favor de uma “Terra relativamente jovem”, consultar números anteriores da revista da Creation Research Society. (Ver também os artigos publicados na Folha Criacionista / Revista Criacionista, consultando o seu Índice Temático – Nota do Tradutor).

Figura 3 – Suposta genealogia do cavalo
(Segundo Marsh, “Polydactyl Horses”, American Journal of Science, 1879, p. 505)
As partes contidas nos retângulos são as partes usadas por de Beer para defender sua causa, em 1964. (Ver Figura 2)
Figura 4 – A história eqüidea, conforme O. Abel
(ligeiramente simplificada)

Portanto, a própria série eqüídea mostra muito claramente que o desenvolvimento filogenético de um tronco intimamente relacionado teve lugar sob formas tranqüilas, uniformes, poder-se-ia dizer sempre uniformes, e que então na série aqui mencionada, a qual na verdade não inclui todos os gêneros do cavalo norte-americano, iniciou-se uma era de transformação muito mais rápida, que surgiu quase tempestuosamente. Essa era é caracterizada pela origem do tipo Merychippus (10).
Em outro trecho assevera ele que

ao mesmo tempo em que na América do Norte ocorria a formação de numerosos novos troncos a partir do Merychippus, de maneira quase explosiva (Mioceno médio e superior), tinha lugar também no caso das baleias a origem das duas famílias dos physeritídeos e dos ziphudeo (10).

Teve lugar, assim, durante a última metade do Mioceno, uma transformação “tempestuosa”, “explosiva”, da árvore genealógica do cavalo, poderíamos dizer um processo emicativo. Isso se aplica tanto ao grau de alteração no caráter quanto à produção de novas formas. Disse também Abel: “Tenho a impressão de que o maior salto, além da descontinuidade entre o Mesohippus e o Epihippus consiste na formação do Merycchippus”.

A última afirmação refere-se também a uma nova ruptura no esqueleto da árvore genealógica. Mencionei há pouco que Abel fazia distinção entre os cavalos antigos e recentes. O Eohippus é o último dos cavalos antigos, enquanto que o Mesohippus é o primeiro dos cavalos recentes. Entre os dois há um considerável hiato. Os primeiros eram pequenos, do tamanho da raposa, com patas dianteiras com quatro dedos; somente os últimos apresentam tamanho maior, com três dedos.

A tentativa de Abel de reconstrução da biologia e do ambiente desses “cavalos antigos”, obviamente muito peculiares, pelo tamanho e semelhança com o cavalo atual, é de grande interesse. Isso nos leva de volta ao Hyracotherium de Owen. Este gênero europeu é chamado de Eohippus na América do Norte. Quanto ao fato de serem sinônimos, Davies apresenta os seguintes argumentos, certamente dignos de nota:

Aceito aqui a identidade dos gêneros Hyracotherium e Eohippus como parece concluir-se inevitavelmente da recente revisão dos fósseis ingleses (1932) efetuada por Forster Cooper. Tecnicamente isso significa que o nome Eohippus deve ser abandonado, a favor do nome anterior Hyracotherium. Entretanto, ao escrever para o leitor comum, sinto justificado o uso do nome bem mais apropriado do Eohippus (cavalo da aurora) no lugar de Hyracotherium, que pode levar a confusão (11).

Davies inclina-se, assim, a abolir a regra da prioridade de nomenclatura, pelo menos para o leigo, para que não sejam abaladas as suas convicções evolucionistas, mediante a adoção de um nome impróprio para as formas propostas para o início da árvore genealógica.

Talvez, porém, a base da rejeição do nome Hyracotherium por Davies não seja só evitar um falso significado etimológico. De fato, os primeiros supostos ancestrais são, como mencionado antes, muito pouco semelhantes ao cavalo, tanto morfologicamente quanto no habitat. Esse era o caso também com relação à sua maneira de viver e à situação ecológica global, como Abel imaginava ser, com o apoio de vários investigadores. Descrevia ele o Hyracotherium e seu ambiente, bastante vigorosamente, da seguinte maneira:

Os mais antigos cavalos não eram habitantes das estepes, mas pequenos animais que em pormenores e na sua aparência externa total deviam ter apresentado muito mais o aspecto de um veado do Chile (Puduhirsch) ou de um veado de Java (Kantschils tragulus), do que de um cavalo anão recente. Matthew chamou atenção ao fato de que esses cavalos mais antigos eram habitantes de floresta, que se salvavam no caso de perigo iminente não por carreira veloz, mas por se embrenharem na floresta protetora, e que viviam principalmente de folhas tenras e vegetais suculentos, devendo este ponto de vista ser plenamente endossado. A corrida prolongada nas duras estepes, e a alimentação com as gramíneas rijas das estepes não teria sido possível a esses pequenos antigos cavalos (12).

Por que razão esses animais do Eoceno se tornaram cavalos verdadeiros, se tão pouco se assemelhavam a eles, tanto morfologicamente quanto biologicamente? Não existem hoje animais que se assemelhem e vivam como eles? Sim, parece-me muito singular que ninguém tenha pensado no gênero de animais dos quais foi tirado o nome dado por Owens, de Hyracotherium, a saber o Hirax. No material incompleto existente já mostra ele traços hyracóides, e não eqüinos. E aqueles traços se tornaram progressivamente mais distintos à medida que o tipo foi se tornando mais completo através de novos achados.

O Hyrax é um animal bastante notável na fauna atual, não se adaptando a nenhuma ordem, e imitando muitas ordens. Na maior parte das vezes é ele colocado no gênero dos animais ungulados, porém também tem sido colocado entre os insetívoros e os roedores. De fato, também houve quem procurasse achar nele características de elefantes, marsupiais e desdentados(*). A verdade é que encontramos aqui uma forma recente de combinação tão peculiar quanto o “hoatzin” sul-americano dentre os pássaros atualmente existentes. Owen descobriu exatamente isso com relação ao Hyracotherium.

(*) Desdentados (Edentata) – Ordem de mamíferos caracterizados pela ausência dos dentes frontais (tamanduá, tatu, preguiça, etc).

O Hyrax, como o Hyracotherium, é um pequeno animal, aproximadamente do tamanho de um coelho ou raposa. Como eles, o Hyrax, tem quatro dedos nas patas dianteiras e três nas traseiras, o que constitui uma marcante semelhança. Os dentes posteriores dos dois gêneros apresentam muitas semelhanças parecendo-se com os do rinoceronte, mais do que com os do cavalo. Deve ser acrescentado que o Hyrax é um animal muito tímido que usualmente vive em escarpas montanhosas e nas florestas dos planaltos, e que quando por acaso ultrapassa as fraldas das florestas em direção aos campos, amedronta-se de maneira extraordinariamente fácil, desaparecendo rapidamente de volta às florestas. Seu hábito de vida, como também o nome, relembra assim tão exatamente quanto possível os que haviam sido postuladas para o Hyracotherium.

Assim, o Hyracotherium não se assemelha ao atual cavalo em nenhum aspecto, sendo, porém, por outro lado, muito impressionantemente semelhante ao atual daman. Pode-se exprimir essa situação dizendo que os “cavalos” do Eoceno estão ainda vivendo hoje. Naturalmente não podem eles ser considerados como cavalos, pois isso significaria que a evolução estacionou. Como esses remanescentes não se enquadram em nenhuma das ordens recentes, fala-se deles o mínimo possível, para evitar o ridículo. De fato eles se enquadrariam somente na ordem Lophiodontidae do Eoceno, porém isso seria um grande absurdo.

O Hyracotherium é um gênero do Eoceno. Ao seu lado são colocados vários gêneros europeus intimamente ligados e, como visto na Figura 4, os gêneros Propachynolophus e Pachynolophus prosseguem no Eoceno médio e superior, enquanto que o Hyracotherium desaparece no Eoceno inferior. Assim, um belo desenvolvimento transgressivo parece ter lugar aqui. Uma recapitulação dos cavalos europeus antigos feita por Foster Cooper (13) mostrou, entretanto, que aqueles gêneros não podem ser distinguidos. Assim, o Hyracotherium viveu durante todo o Eoceno e o desenvolvimento permaneceu estacionado. Parece que somente os nomes é que se desenvolveram.

Encontra-se ainda a opinião de que os cavalos se tornaram sucessivamente de maior porte. Isso é certamente correto no que diz respeito a ser o Equus maior do que o Hyracotherium, da mesma maneira que o cavalo da fauna atual é maior do que o daman, existindo entre os dois extremos nos dois casos várias formas intermediárias de ungulados. Ora, as pessoas estavam tão firmemente convencidas do aumento do tamanho dos cavalos nos estratos geológicos, que em alguns casos as idades dos estratos foram determinadas pelos tamanhos dos restos fósseis neles encontrados (*). Como destacou Cooper, não há forte paralelismo nesse caso. O Eohippus que aparece no Eoceno inferior é a maior forma dos cavalos do Eoceno. Todas as formas do Eoceno médio e superior são menores. Somente no Oligoceno, com o Mesohippus, surge um repentino e significativo aumento no tamanho. Aparece aqui um tipo de cavalo que também sofreu alterações sob muitos aspectos – um tipo de cavalo recente, de pequenas dimensões, do tamanho de um carneiro.

Com isso vem à luz a primeira lacuna na hipotética árvore genealógica do cavalo atual. Nesses animais do gênero Mesohippus e Parahippus, tanto as patas dianteiras quanto as traseiras têm três dedos, diferindo dos cavalos antigos em muitas outras características cujos detalhes não podemos abordar aqui. Seus hábitos de vida também eram novos. Assim, Abel (14) pensava que eles eram animais que viviam nas estepes, habitando planícies alagadas formadas durante o Oligoceno. Um novo tipo, tanto morfológica quanto biologicamente, ocorreu com o Oligoceno e permaneceu até o Mioceno inferior, desaparecendo também, então.

Então, após isso, apareceu pela primeira vez o cavalo verdadeiro, ou cavalo recente. A interrupção da hipotética série evolutiva dificilmente poderia ser mais definida do que com o aparecimento deste tipo. Passou a dominar a existência de um só dedo, embora pudessem ocorrer rudimentos bastante claros de dois dedos laterais. Ocorreu, porém, um tipo importante de desvio com relação aos dentes e à natureza da dentição. Os dentes do cavalo são muito compridos, prismáticos, sem raiz, e ricamente cobertos com cimento. Neste particular constituem eles estruturas singulares em toda a fauna. Os animais com dentição ocorrem primeiramente no Mioceno superior. Esses “ungulados hypsodentais” aparecem todos simultaneamente, sem estágios intermediários. São mesmo naturalmente variados, como outros grupos, por terem aparecido imediatamente em pleno desabrochar. Junto com o Merychippus e o Hipparion há um rico grupo de formas semelhantes ao Equus, todas elas separadas dos primeiros grupos brachydontais por uma imensa descontinuidade evolutiva. Esses primeiros grupos se extinguiram, sendo totalmente eliminados da pesquisa. Aqui não se pode falar de evolução. A extinção completa de uma fauna ungulada, e o aparecimento repentino de outra – e esta logo diferenciada ricamente, o que descrevi anteriormente como uma ocorrência emicativa – é na verdade um fato criativo.

A árvore genealógica do cavalo é bonita e continua somente nos livros didáticos. Na realidade decorrente dos resultados da pesquisa é uma justaposição de três partes, das quais somente a última pode ser descrita como incluindo cavalos. As formas da primeira parte podem ser tão consideradas como cavalos pequenos quanto os atuais damans podem ser considerados cavalos. A construção de toda a árvore genealógica cenozóica do cavalo é portanto muito artificial, pois constitui uma justaposição de partes não equivalentes, e não pode, assim, constituir uma série de transformações contínuas. O seu valor evolucionário é portanto inteiramente insustentável sob a luz de novas pesquisas.

(*) Esse é um bom exemplo do círculo vicioso estabelecido na “ciência” da Estratigrafia.

Conclusão

Desde o trabalho de Nilsson sobre o cavalo, apresentado aqui, não há novas evidências conhecidas por mim que me levem a desejar alterar as conclusões a que ele chegou. Seu trabalho terminou antes de 1954, porém o Dr. G. A. Kerkut do Departamento de Física e Bioquímica da Universidade de Southampton, escrevendo em 1960 e reimprimindo em 1965 as suas pesquisas (Ver Referência 2) apela fortemente aos biologistas para porem sua casa em ordem com relação à informação básica sobre o cavalo e os fósseis “per se”.

Ele ressalta que nenhuma informação básica sobre os fósseis conhecidos foi dada depois de 1926 e 1930, e que é difícil descobrir quantas espécies de um dado gênero são disponíveis para estudo. Julga ele que existem no mundo provavelmente cem esqueletos de cavalos fósseis recompostos. Não há esqueletos recompostos de Eohippus, Archaeohippus, Megahippus, Stylohipparion, Nannippus, Calippus, Onohippidium ou Parahippies, e nos Estados Unidos nenhum esqueleto de Anchitherium ou Hipparion.

Chama ele então a atenção para os gêneros da família do cavalo. Kowalewski em 1874 conhecia três; Lull em 1917 descreveu 15, Simpson listou 26 em 1945, e Kerkut preocupa-se com a validez desses gêneros. O Eoceno atualmente é fixado há sessenta milhões de anos, e ninguém ainda sabe pôr os alegados 26 gêneros em relação com este vasto período de tempo, aberto a severas críticas quanto aos métodos de datação utilizados.

Existem ainda alguns dos cavalos de Przewalski. O Zoológico de Praga mantém registros deste animal, que se supõe ser o cavalo desenhado nas grutas de Lascaux (15.000 anos atrás?). Uma tropa de oito foi vista na Mongólia em 1966. O Dr. R. M. Stecher em um artigo na Acta Zoológica et Pathologica, em 1968, apresenta o resultado da contagem das vértebras das espinhas de 61 esqueletos do cavalo de Przewalski, comparando-as com contagens semelhantes de outros cavalos – o cavalo doméstico, o burro (E. asinus), a mula (E. caballus e E. asinus) e o hemíono (E. hemionus). Tentou ele também relacionar esses números com o número de pares de cromossomos na célula de cada cavalo.

Os cavalos de Przewalski têm o segmento torácico mais longo da espinha, o segmento lombar pouco menor, têm o mais curto segmento sacral e várias juntas laterais na espinha lombar pouco maiores. Têm também a maior contagem cromossômica – 66 pares contra 64 do cavalo doméstico, 63 da mula, 62 do cavalo, e 54 do hemíono.

O Dr. Stecher faz então a hipótese completamente invalidada de que isso sugere a evolução do cavalo, pois a espinha se alterou e essas alterações são correlacionadas com a contagem cromossômica. Isso nada sugere à minha mente; pelo contrário, mostra conclusivamente que as espinhas e as contagens cromossômicas são diferentes em animais diferentes, e que jamais pode legitimamente ser atribuída a suas pesquisas alguma prova da evolução. Ele deveria saber que tudo é classificado pelas suas diferenças constitutivas, e que um estado da morfologia do cavalo não pode ser usado para decidir a respeito das razões para as diferenças constitutivas.

A evolução do cavalo é ainda em 1969 objeto de conjectura, e não se baseia em evidência clara e inatacável. A família eqüina é singular e separada, e as evidências existentes podem, sem qualquer violência, ser adaptadas ao caso da criação especial.

Referências

(1) Rhodes, F. H. T. 1966. The course of evolution, Proceedings of the Geologist’s Association, Vol 77, Part 1.
(2) Kerkut, G. A. 1960. Implications of evolution. Pergamon Press. London. p. 144.
(3) Nilsson, H. 1954. Synthetische Artbildung. Verlag CWE Gleerup, Lund, Sweden.
(4) Haldane, Jo B. S. 1932, The cause of evolution. p. 6.
(5) de Beer, G. 1964, Atlas of evolution. Nelson, London, (Ver minhas críticas a este trabalho em Book Review Nº. 142, Evolution Protest Movement, October, 1966 – Atlas of evolution, A Critique por Frank W. Cousins).
(6) Davies, A. Morley. 1937. Evolution and its modern critics. London.
(7) Dewar D. 1931. Difficulties of the evolution theory. London, and 1937. Um desafio para os evolucionistas.
(8) Owen, R. 1841. Description of the fossil remains of a mammal Hyracotherium lepinorum and a bird Lithornis culturinus from the London clay. Transactions of the Geological Society of London. 6:203-208.
(9) Osborn, H. 1917. American Journal of Science, 46:268.
(10) Abel, O. 1929. Palae biologie und Stammesgeschichte. Jena. pp. 286, 294, 285.
(11) Davies. Op. cit., p. 54.
(12) Abel, O. Op. cit. p. 288.
(13) Cooper, C. Forster. 1932. The genus Hyracotherium, Philosophical Transactions of the Royal Society of London, Series B, p. 221.
(14) Abel, O. Op. cit., p. 286.


AS CALOSIDADES DA PARTE INTERNA DA PERNA DO CAVALO

(Esta Nota foi acrescentada à primeira edição deste número da Folha Criacionista)

Glen W. Wolfrom apresentou interessante comentário no boletim periódico Creation Matters de julho/agosto de 1998, publicado pela Creation Research Society, sobre as “castanhas” ou calosidades que se encontram na parte interna das pernas dos cavalos, cujo formato e tamanho são peculiares a cada espécime, pelo que têm sido usadas tradicionalmente pelos criadores para auxiliar a identificação individual dos cavalos.

Algumas pessoas têm admitido que essas calosidades são “resíduos evolutivos”, ou seja, dígitos rudimentares, ou vestigiais, remanescentes de anteriores dedos das patas dos cavalos ancestrais, na escala evolutiva. Sem dúvida, pareceria pelo menos estranho que algo perto do joelho da perna dianteira, e do jarrete na perna traseira, pudesse ser considerado como remanescente de um dedo, mas essa é a opinião que se encontra em muitos livros-textos e na literatura de divulgação disponível para criadores.

O artigo em questão menciona que Evans e outros pesquisadores, em 1990, defenderam a tese de que essas “castanhas” são excrescências semi-calosas derivadas da camada epidérmica. Estruturas semelhantes, chamadas de “espigões” localizam-se na superfície póstero-ventral do “machinho” das patas dos cavalos. Sua dimensão depende da raça, e geralmente ficam eles escondidos pela pelagem do animal.

Os autores referidos declaram que “não há evidência a favor da teoria de que (as “castanhas”) representem vestígios de dígitos perdidos que existissem em espécies de cavalos extintas” (p. 128), e “não há evidência científica que sugira que as “castanhas” ou os “espigões” sejam vestígios reduzidos de dígitos”. (p. 688).

Como bibliografia auxiliar, o artigo recomenda:
1. Bergman, J., and G. F. Howe. 1990. “Vestigial Organs” are fully functional. CRS Books, St. Joseph, MO., U.S.A.
2. Evans, J. W., A. Borton, H. F. Hintz, L. D. Van Vleck. 1990. The Horse, 2nd ed. W. H. Freeman Co., New York.

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