Transcrevem-se a seguir duas conhecidas passagens bíblicas que falam de grão de mostarda e de montes:

Evangelho segundo S. Mateus, capítulo 17, versículo 20 : “Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará.”

Primeira epístola de S. Paulo aos Coríntios, capítulo 13, versículo 2: “Ainda que eu tenha tamanha fé, ao ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei”.

A seguir, faz-se um apanhado relacionado com o conteúdo energético de um grão de mostarda e de um monte com dimensões conservadoras, para finalmente fazer-se uma interrogação específica sobre os textos citados, a qual tem a ver com a controvérsia entre o Evolucionismo e o Criacionismo, entre o acaso e o desígnio!.

1 – ENERGIA CONTIDA EM UM GRÃO DE MOSTARDA

A energia contida em um grão de mostarda pode ser calculada supondo-se que a sua massa seja igual a 1 grama, e que toda ela pudesse ser transformada em energia mediante a célebre expressão obtida por Einstein:

e = m . c2

onde e é a energia, m é a massa, e c é a velocidade da luz, igual a 300.000 quilômetros por segundo.

Aplicando-se essa expressão, usando os valores acima, obtém-se para a energia contida em um grão de mostarda o valor

e = 9.1013 joules

2 – ENERGIA NECESSÁRIA PARA TRANSPORTAR UMA MONTANHA

A energia necessária para transportar uma montanha pode ser considerada, a grosso modo, equivalente à energia potencial nela contida. Essa energia potencial é calculada mediante a expressão

e = m . g . h

onde e é a energia, m a massa da montanha, e h a altura do seu centro de gravidade.

Aplicando-se essa expressão, usando-se para a massa da montanha o valor de 90 milhões de toneladas, que corresponderia aproximadamente ao volume de uma pirâmide de base quadrada com 1000 metros de lado e 300 metros de altura, com seu centro de gravidade localizado ao nível de 100 metros, obtém-se para a sua energia potencial o valor

e = 9.1013 joules

3 . ACASO OU DESÍGNIO?

Numerosas alternativas poderiam ter sido utilizadas por Cristo no contexto da passagem do Evangelho segundo S. Mateus na qual é quantificado o poder da fé. Dentre elas, decidiu Ele comparar um pequenino grão de mostarda com uma enorme montanha.

Fica aqui então a indagação – foi isso um mero acaso, ou aí estava um desígnio que antecipou por vinte séculos o próprio desenvolvimento do conhecimento humano?

Nossa resposta não deixará também de ser uma questão de fé!

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