O autor é um dos Editores da Folha Criacionista, e seu endereço pode ser encontrado na capa desta revista. Sua formação é na área de Engenharia, e tem-se dedicado há vários anos a assuntos relacionados com Educação e com Filosofia da Ciência.

Introdução

No número 2 da Folha Criacionista foi apresentado um interessante artigo de autoria do Dr. Julio Garrido, na época Diretor do Departamento de Documentação da Universidade Autônoma de Madrí, e que trazia o mesmo título ora escolhido para este artigo, decorridos hoje já mais de 25 anos.

O citado artigo havia sido escolhido para integrar o elenco dos artigos traduzidos então, para aquele segundo número da Folha Criacionista, exatamente devido à sua abrangência e importância para a colocação da correta perspectiva da Ciência, ressaltando o campo da observação direta, e da utilização de instrumentação para a ampliação da capacidade dos sentidos, e os campos das deduções e conjecturas.

Desde então o modelo conceitual apresentado por aquele autor em seu artigo, originalmente publicado no “Creation Research Society Quarterly”, volume 6, no 4, de março de 1970, foi utilizado em numerosas ocasiões pela Sociedade Criacionista Brasileira para a exposição do assunto referente às limitações do conhecimento humano, em palestras realizadas em encontros para discussão da controvérsia entre o Evolucionismo e o Criacionismo.

No decorrer desse tempo, foi sendo enriquecida a idéia original do Dr. Júlio Garrido, e neste artigo pretende-se mostrar de maneira sucinta o que resultou da “evolução” do modelo conceitual original, com a incorporação de algumas novas componentes.

Por outro lado, a construção de um modelo material que represente o modelo conceitual da forma como está sendo apresentada aqui, constitui uma tarefa fácil, utilizando-se para isso os dados constantes das Figuras que são referidas e inseridas neste texto.

A utilização desse modelo físico como material instrucional em escolas, e também como ilustração em conferências e encontros criacionistas tem-se mostrado de grande valor, despertando sempre bastante interesse

A Visão Tridimensional do Campo da Ciência

Ao iniciar-se um curso de Física, é introduzida a noção de “grandezas físicas”, indispensável para a caracterização dos fenômenos a serem observados e medidos experimentalmente. Em seguida, trata-se da medida dessas grandezas físicas, e de sistemas coerentes de unidades de medida. Aí, para a estruturação dos sistemas de unidades, estabelece-se o conceito de grandezas fundamentais e de grandezas derivadas.

Deixando-se de lado as grandezas térmicas, elétricas e magnéticas, e limitando-se inicialmente somente às grandezas mecânicas, conclui-se que são três as grandezas fundamentais, em função das quais todas as demais podem ser definidas. Apesar de existirem diferentes maneiras de escolher essas grandezas fundamentais, a maneira mais simples e mais objetiva é a utilizada pelos Sistemas Coerentes de Unidades que foram aceitos internacionalmente, e que escolheram como fundamentais as grandezas comprimento, massa e tempo.

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