Afirma Gênesis 1:1 que tanto a vida como a matéria inorgânica foram criadas simultaneamente, ou que, embora a vida seja bastante recente, a matéria inorgânica poderia ter existido muito tempo antes da semana da criação? O autor examina as dificuldades envolvidas na tradução da palavra terra a partir do texto hebraico.A frase inicial do Velho Testamento é bela em sua simplicidade – “No princípio criou Deus os céus e a terra”. Até mesmo uma criança pode entendê-la, mas apesar disso cada uma das palavras dessa frase tem sido objeto de interpretação discordante (1). A palavra “terra”, ora em discussão, não constitui exceção. A questão consiste em saber se ela se refere:
a – À matéria que fisicamente compõe a terra (2), Abordaremos a questão de forma sucinta, analisando quatro problemas. Primeiro, examinaremos o significado e o uso da palavra “terra” (em Hebraico ‘erets). Em segundo lugar, consideraremos a palavra no contexto de Gênesis 1:1. Em terceiro lugar, examinaremos o problema de Gênesis 1:2. Finalmente, procuraremos verificar qual é a concepção bíblica do mundo físico que este versículo exprime. A Palavra “terra” A palavra hebraica da qual nossa palavra portuguesa “terra” é traduzida em Gênesis 1:1 (“No princípio criou Deus os céus e a terra”) é ‘erets, entendida de maneira geral como terra no sentido de solo, mundo, ou algo semelhante. Poderemos ser mais específicos quanto ao seu significado? Para responder uma questão como esta, o intérprete comumente começa a procurar o significado da raíz da palavra, examinando-a no seu contexto geográfico, no caso, o Oriente Próximo. A palavra egípcia mais comum para “terra”, no sentido de mundo ou terreno, tem vários significados, abrangendo desde “mundo”, “poeira”, “sujeira”, e “solo”, até “terreno”, “nação”, e “país”(5). Ela ocorre também com a palavra que designa “céu”, formando assim um par de palavras que indica o cosmos deificado. Infelizmente não é possível determinar qual dos significados é o original (6). A língua acádica da antiga Mesopotâmia empregava diversas palavras para “terra”, das quais uma, eresetu, claramente se relaciona com o hebraico ‘erets (7). Ela é usada em conjunto com a palavra samu (“céu”) para formar a dupla usual “céu e terra” significando o mundo todo, ou mesmo o universo. De maneira bastante interessante ela também se refere ao mundo inferior, a terra da qual não há retorno, e menos freqüentemente à terra ou território de um governador. Finalmente, ela significa “solo”, a matéria que pode ser arada, encharcada de sangue, e usada para sepultura. Os dialetos semíticos de Canaan e da Fenícia relacionam-se intimamente com a língua hebraica. Em ugarítico ‘rs significa “terra” (8), e novamente se coloca em antítese a céu e núvens, indicando a esfera da vida humana. Em diversas ocasiões esta palavra especifica o chão sobre o qual se cai, sobre o qual chove, e do qual procedem as colheitas (9). Finalmente, a palavra aparece na inscrição de Mesa (a Pedra Moabita) significando “terra” (“Chemosh está irado com a sua terra”) (10). Estas ilustrações poderiam multiplicar-se, sem que o quadro final se alterasse significativamente – a palavra “terra”, relacionada com o hebraico ‘erets, era usada comumente no Oriente Próximo com os significados de “mundo”, “solo” e “terra”. Somente o contexto indicará se a referência é feita ao mundo todo (que chamamos de “planeta”), à superfície do planeta, na qual se manifesta a vida, ou a uma porção de terreno nessa superfície. Desta forma, ‘erets refere-se a toda a terra (ou ao planeta, como diríamos), por exemplo em expressões tais como “o Deus do céu e da terra” (Gênesis 24:3), “Criador dos céus e da terra” (Gênesis 14:19, 22, traduzido na versão Almeida nova como “Deus altíssimo que possui os céus e a terra” ), e “o céu é Meu trono e a terra o estrado de Meus pés” (Isaias 66:1). Isto não significa que a terra sempre tenha sido entendida como sendo uma esfera, como hoje. Da mesma forma, ela é descrita (poeticamente) como tendo quatro cantos (Isaias 11:12, na versão Almeida nova “quatro confins da terra”) e extremidades ou fins (Isaias 40:28). É dito também que ela tem um centro, literalmente um umbigo (Ezequiel 38:12), e que ela pode tremer e abalar-se (Salmo 18:7), e cambalear como um bêbedo (Isaias 24:19 e versos seguintes). Em segundo lugar, além da divisão do mundo em duas partes, o céu e a terra (planeta), aparece também na Bíblia uma divisão em três partes. O céu está acima, a terra abaixo, e entre eles a porção de terra seca (Êxodo 20:4, Salmo 135:6). Nestes casos ‘erets (“terra”) refere-se somente à superfície seca, ou a terra onde vivem os seres (“terra dos viventes” – Salmo 52:5; Isaias 38:11). Na realidade ela provê também a sepultura para os mortos (Isaias 26:19 – “a terra dará à luz os seus mortos”; Ezequiel 31:14 – “… estão entregues à morte, e se abismarão às profundezas da terra, no meio dos filhos dos homens, com os que descem à cova”). Além disso, o pó e a cinza fazem parte dela, bem como as regiões desérticas (Deuteronômio 28:23-24 – “a terra debaixo de ti … pó e cinza”; 32:10 – “terra deserta”; Salmo 107:34 – “deserto salgado”; Jeremias 2:6 – “terra de ermos … e sequidão”). Desta forma, não só a superfície da terra que mantém a vida, mas várias partes específicas suas são indicadas pela palavra ‘erets. Uma pessoa pode ser encravada nela (I Samuel 26:8 – “encravá-lp com a lança ao chão”), e o sangue pode ser nela derramado (I Samuel 26:20 – “não se derrame o meu sangue longe desta terra”). Neste ponto ‘erets recebe uma acepção afim à de ‘adama (“chão”, “solo”, “terra”) (11), sendo porém precipuamente o chão sobre o qual pode se manifestar a vida (Gênesis 1:11 e seguintes – “…produza a terra relva … ervas que dêem semente … e árvores …”; 27:28 – “Deus te dê da exuberância da terra…”; Deuteronômio 1:25 – “tomaram do fruto da terra … É terra boa que nos dá o Senhor…”). Finalmente, ‘erets significa “terra” no sentido de um território delimitado. Encontramos assim “a terra do norte” (Jeremias 3:18), a “terra da campina” (Jeremias 48:21), a “terra de teus pais” (Gênesis 31:3), a “terra do seu cativeiro” (I Reis 8:47), a “terra dos Cananeus” (Êxodo 13:5), a “terra de Israel” (I Samuel 13:19), a “terra de Benjamim” (Jeremias 1:1), e a “terra do Senhor” (Oséias 9:3). Permanecemos assim ainda sem uma definição clara do termo. Terra, chão seco, solo, terreno ou território, todas estas palavras são traduções adequadas e comuns da palavra ‘erets do Velho Testamento. Somente o contexto pode nos guiar para a escolha de uma tradução adequada. Terra no contexto de Gênesis 1:1 Uma pesquisa contextual é difícil de ser considerada em um espaço tão limitado, pois o contexto de um versículo ou de uma palavra pode bem ser comparado com as ondas concêntricas produzidas por uma pedra atirada em um lago. O problema se estende cada vez mais à medida que nos aprofundamos nele. Conseqüentemente, podemos tão somente fazer observações sucintas. O contexto imediato encontramos no próprio versículo 1, especialmente na expressão “os céus e a terra”(12). É esta uma expressão familiar (13) que em geral é tomada como referindo-se a tudo – o mundo todo – com base em que os céus e a terra constituem os limites extremos de tudo que entre eles existe, isto é, o mundo todo (14). Na realidade poder-se-ia também ler a expressão como fazendo referência aos locais de habitação de Deus e dos homens, ou os seus âmbitos respectivos (Eclesiastes 5:2 – “Deus está nos céus e tu na terra”). Neste caso, a abóboda celeste e a superfície da terra exprimiriam o sentido desejado. Entretanto, no contexto da Criação divina, existe no Velho Testamento algum apoio para entendermos esses termos como se referindo mais à totalidade (de todas as coisas) do que à especificação daqueles âmbitos respectivos (Salmo 136:1-9, Isaias 40:21-23 e 45:11 e versículos seguintes). A tradução toda de Gênesis 1:1 é deveras difícil, como recentes traduções da Bíblia deixam claro (15). Não há como aprofundarmos esse assunto aqui, a não ser dizermos que o versículo 1 provavelmente é uma introdução geral a todo o relato da Criação (Gênesis 1:1 – “No princípio criou Deus os céus e a terra”; 2:4 – “ Esta é a gênese dos céus e da terra quando foram criados, quando o Senhor Deus os criou”) (16), e deveria ser traduzido como “no princípio criou Deus os céus e a terra”. Céu e terra, então, é tudo o que vem em seguida no relato, a partir do primeiro ato de Deus – a criação da luz (versículo 3). Subseqüentemente, o segundo dia testemunha a formação do céu (versículo 8), e o terceiro dia fala do aparecimento da terra (versículo 10), seguidos da criação de seus respectivos conteúdos (do versículo 11 até 2:1). A terra emergente (versículo 9), yabassa (“porção seca”) é chamada de ‘erets (“terra”) em oposição às águas que são chamadas de mares. Isso nos poderia levar a simplesmente identificar ‘erets como a terra firme física (solo, rochas, etc.), não fosse o fato de que a palavra ‘erets (“terra”) é também usada no versículo 2 para descrever aquilo que ainda não havia sido separado em terra seca e mar. Conseqüentemente, podem alguns concluir que ‘erets (“terra”) no capítulo inicial da Bíblia apresenta pelo menos dois significados distintos. Obviamente ela se refere à terra seca (versículo 10), mas também àquilo sem forma e vazio que a precedeu (versículo 2). Parece claro que o primeiro desses dois significados, “terra seca”, é dominante no resto do capítulo (versículos 11, 12, 20, 22, 24, 26, 29, 30). Em um caso (versículo 25 – “… répteis da terra”), a terra (‘erets) é identificada especificamente com o solo (‘adama), como para ressaltar esse ponto. Entretanto, em alguns outros lugares pode ser preferível um entendimento mais global para ‘erets. Assim, os versículos 14 a 19 falam do sol, da lua e das estrelas e sua relação com a terra. São eles colocados no firmamento não somente para dar luz, mas também para medir estações (festivais), dias e anos. Pareceria que o sistema solar e os seus movimentos (como então concebidos) estão aí em consideração. Gênesis 2:1-4, de igual modo, fala dos céus e da terra e seus exércitos, indicando presumivelmente todo o sistema, e assim completando o relato iniciado no versículo 1 (17). Podemos assim tirar as seguintes conclusões preliminares. Em geral a palavra ‘erets (“terra”) em Gênesis 1:1 a 2:4 refere-se à terra seca, em contraposição ao ar e ao mar, na qual podem viver o homem, as plantas e os animais. Em outras palavras, ‘erets significa a superfície da terra. Em segundo lugar, o relato também implica que esta terra é parte de um sistema maior, que inclui o sol, a lua e as estrelas (18), e portanto tem um significado mais amplo do que meramente o chão seco sobre o qual pisamos. Ela constitui, também, pelo menos uma região, algo que caracterizamos pelo adjetivo “terrestre”. Desta forma ela inclui o mar para os peixes e o ar para as aves, ambos criados juntamente no quinto dia, antes dos animais terrestres. Em terceiro lugar, na expressão “céu e terra”, ‘erets é parte de um todo que abrange tudo que Deus criou, desde o âmbito terrestre até o celeste. Portanto aqui ‘erets é menos significativo para nossas indagações, pois não se relaciona nem com a matéria nem com o território terrestre, mas simplesmente com a extremidade inferior do espectro que descreve toda a Criação divina. Portanto, ao indagarmos o que é o céu e a terra que Deus criou, no relato de Gênesis 1:1 provavelmente a resposta seria que é tudo que se segue em Gênesis 1:2 a 2:4, dando-se, porém, especial atenção à superfície frutífera que pode sustentar e manter a vida. O problema de Gênesis 1:2 Isto nos deixa com o espinhoso problema de Gênesis 1:2 (“A terra, porém, era sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava sobre as águas”), um versículo que freqüentemente é usado para descrever a condição da terra em seu estado primordial. Porém, o que significa a palavra “terra” aqui? O globo, a matéria física, ou o solo coberto pela água? Poderemos, de alguma maneira, penetrar o véu que vela a obra criativa de Deus, e saber como Ele operou realmente no início? Algumas propostas têm sido consideradas, nesse propósito: 1) O versículo descreve a existência da terra no intervalo entre a criação original da matéria e a criação da vida. A “terra” ou deveria ser vista como a matéria prima a ser modelada para dar origem a uma terra organizada (19), ou, de acordo com a chamada hipótese da restituição (20), descreveria um mundo caído de sua glória anterior, à semelhança de Lúcifer (versículo 1). 2) O versículo descreve a primeira obra criadora de Deus, uma terra escura e aquosa, no primeiro dia da semana da criação. Este ponto de vista pode trazer alguma dúvida sobre a seqüência das obras de Deus na criação, começando com a luz e terminando com o homem, e poderia levar à sugestão impossível de que o primeiro ato criativo de Deus não tivesse sido bom (21). Young, entretanto, argumentou que essa primeira terra, criada por Deus, era de fato boa, embora ainda não apropriada para a vida (22). ‘Erets, aqui, teria sentidos diferentes nos versículos 2 e 10. O último versículo indicaria um desenvolvimento posterior ao do primeiro. 3) O versículo descreve um caos que permanece não muito antes da criação, em oposição à criação, exprimindo uma sempre presente ameaçadora possibilidade de julgamento divino (23). Aqui, então, a “terra” do versículo 2 é a mesma “terra” do versículo 10, como seria ou deveria ser sem o poder criativo de Deus. 4) O versículo descreve a terra antes da criação, e a caracteriza como sendo um “nada”, isto é, como nada mais do que uma condição na qual a criação da terra poderia ocorrer. De acordo com esta sugestão, bastante comum, ‘erets (“terra”) no versículo 2 não apresenta, em absoluto, qualquer significado especial (da mesma maneira que um aposento vazio não apresenta conteúdo) (24). Aqui, o versículo 2 reitera o tema do versículo 1, porém em um sentido negativo, isto é, que Deus criou tudo no princípio. Isto significa que ‘erets (“terra”) no versículo 2 não nos ajuda muito para a solução de nosso problema, a menos que, de fato, aceitemos um hiato entre os versículos 1 e 2, de tal forma que o versículo 1 se torne uma cláusula temporal e o versículo 2 uma descrição da matéria pre-existente, o que, entretanto, se contrapõe a alguns estudos cuidadosos que têm sido feitos sobre o problema (25). Alternativamente, o versículo 2 não contribui para a descrição de uma terra criada, a menos que aceitemos o ponto de vista de Young, o que, entretanto, acarreta sérias dificuldades, em particular que a criação divina da terra sugerida no versículo 2 não segue o esquema das outras obras de Deus na criação. Assim, se eliminarmos as proposições 1 e 2, ficamos com as proposições 3 e 4, nenhuma das quais traz qualquer outra contribuição para o nosso conceito da terra primordial a não ser que Deus a tenha criado. Conseqüentemente, somos de novo levados a Gênesis 1:1, que anuncia de forma sucinta que Deus criou os céus e a terra, seguindo-se uma descrição deste evento. Parece que a terra (‘erets) seria a terra seca sobre a qual pode existir a vida, embora se reconheça que ela faça parte de um sistema mais amplo (sol, lua, estrelas) que provê luz e comanda as estações em seu ciclo. A terra no pensamento bíblico (26) Disto resulta uma última questão. Que conclusões podemos tirar das considerações anteriores com relação às perguntas de ordem geofísica que fizemos no início? Gênesis 1:1 refere-se à criação da matéria que fisicamente compõe a terra, ao planeta terra, ou ao solo da superfície da terra? Para responder essa questão devemos primeiramente investigar o sentido da palavra “terra”. Verificamos que geralmente esta palavra significa chão (certamente em Gênesis, do capítulo 1 ao capítulo 2, versículo 4), embora tenhamos de estar alertardos para o fato de que algo mais além do solo esteja associado a ela (versículos 14-19). Entretanto, ao apresentarmos nossas questões contemporâneas perante o texto bíblico, deveríamos também investigar se o próprio texto permite a aceitação das distinções que fazemos, e das nossas razões para fazê-las. Por exemplo, fazemos distinção entre terra e o planeta terra porque a ciência atual tem-nos apresentado uma cronologia de bilhões de anos para o planeta, enquanto que o texto bíblico apresenta uma cronologia curta para a terra. Entretanto, não existem evidências de que o texto bíblico tivesse manifestado qualquer preocupação com relação a esse tipo de problema. Pelo contrário, o texto bíblico só faz distinção entre terra, entendida como chão ou terra seca, e mundo, no sentido de planeta, porque o primeiro significado tem a ver com o âmbito da vida humana e seu domínio, enquanto que o segundo tem a ver com o âmbito mais amplo das obras de Deus. Assim, Deus criou os céus e a terra (o mundo todo), enquanto que a terra (terra seca) foi feita para a vida e a humanidade. A distinção baseia-se numa perspectiva de função, e não de cronologia, e conseqüentemente não se pode esperar qualquer distinção temporal explícita entre ambas, o que na realidade não existe. O melhor que podemos afirmar com relação à criação da terra em Gênesis 1:1 é que ela tem que ver com nosso mundo, a terra, e que ela envolve o sistema ecológico no qual vivemos. Muito mais precisaria ser dito sobre questões geofísicas levantadas em nossa época, porém a Bíblia em geral silencia a seu respeito. Assim, nossa conclusão de que a palavra ‘erets (“terra”) refere-se precipuamente à superfície seca de nosso planeta e à vida nela existente, não permite concluirmos que Gênesis 1 retrate um segundo estágio de uma criação em dois estágios, primeiro a matéria do planeta, e depois a terra, com um intervalo de tempo intercalado. Permite, sim, fazer uma distinção de perspectiva entre o mundo, como sistema céu e terra, e a terra como a porção de terra seca, com seu solo e sua vida. Qualquer distinção temporal entre ambas as acepções correrá por nossa conta, e não com o apoio do texto bíblico. Não é desprovido de significado, aparentemente, que a Bíblia e o relato da criação iniciam-se com a simples palavra bere’shit, significando “no princípio” (e não com a palavra “Deus”, como se poderia pensar). Conclui-se que a Bíblia nos indica que quem quer que deseje compreender o seu relato da criação não deve ser levado a inquirir sobre o que poderia ter acontecido antes desse princípio, pois no início permanece somente Deus, e nada mais. Somos levados, pela Bíblia, a inquirir sobre o que aconteceu posteriormente ao início da obra criadora de Deus, porém ela na verdade não responde a todas as nossas questões! Referências (1) A literatura é abrangente e variada. Ver por exemplo W. Eichrodt, 1962, In the Beginning, pp. 1-10, in “Israel’s Prophetic Heritage” (New York); G. F. Hasel, 1972, Recent Translations of Genesis 1:1 : A Critical Look, “The Bible Translator” 22:154-167; E. J. Young, 1964, Studies in Genesis One (Philadelphia); N. H. Ridderbos, 1958, Genesis 1:1 und 2, “Oudtestamentische Studiën” 12:214-260; W. H. Schmidt, 1967, Die Scöpfungsgeschichte (Neukirchen); C. Westermann, 1967, Genesis BK 1/2 (Neukirchen), pp. 130-141. |
Artigo publicado na |