1. Os continentes realmente se separaram?
Aparentemente sim. Há considerável evidência de que os continentes se moveram, separando-se (1).

 

2. Quando os continentes se separaram?
A principal separação pode ter ocorrido durante o dilúvio. Medidas atuais mostram que eles ainda se movem hoje, embora muito lentamente.

 

3. A divisão da Terra nos dias de Pelegue mencionada em Gênesis 10:25 pode ser interpretada como sendo a tectônica de placas?
Provavelmente não. O contexto é a “Tabela de Nações” que se espalharam após o dilúvio. O texto significa, mais provavelmente, que o território da Terra foi dividido entre estes grupos de pessoas. Entretanto, não há nada no texto que evite a interpretação de que os continentes estavam se separando naquela ocasião; porém, as diferenças entre os vertebrados terrestres da América do Sul e da África são tão grandes que parece pouco provável que estes continentes estiveram ligados após o dilúvio.

 

4. A Pangea representa o mundo pré-diluviano?
Provavelmente não. A Pangea é em grande parte coberta com sedimentos marinhos, sugerindo que fosse uma bacia ou mar epicontinental onde ocorreu a deposição durante o dilúvio. Os continentes pré-diluvianos podem ter sido destruídos no dilúvio.

 

5. Como podem os continentes terem se movido com rapidez suficiente para rearranjar toda a superfície da Terra durante o ano do dilúvio?
Pode não ser necessário que todo o movimento das placas fosse completado durante o dilúvio; movimentos significativos das placas podem ter continuado por algum tempo após o dilúvio. De qualquer forma, as causas do movimento das placas não são bem compreendidas. Atualmente elas se movem muito lentamente, mas poderiam se mover mais rápido se houvesse condições apropriadas. Uma grande quantidade de energia seria necessária; talvez esta poderia ter sido provida por impactos extraterrestres (2). Uma temperatura mais baixa de fusão de rochas basálticas poderia ter facilitado o movimento das placas; sabe-se que a presença de água no basalto abaixa o ponto de fusão (3). Não se sabe se o movimento das placas pode ter sido facilitado pelas “águas sob a terra” ou o rompimento das “fontes do abismo,” mas vale a pena considerar esta possibilidade. Um grupo de criacionistas publicou recentemente uma teoria de movimento rápido das placas que pode prover algumas respostas a esta questão (4). Um movimento assim rápido iria aquecer tanto as placas que levaria muito tempo para esfriá-las.

 

6. Que problemas não resolvidos sobre tectônica de placas são de maior preocupação?
Quanto as placas realmente se moveram? Quando e quão rapidamente se moveram? O que aconteceu aos continentes pré-diluvianos? Como o magma do fundo oceânico se esfriou em poucos milhares de anos se ele foi depositado tão rapidamente durante o dilúvio? (5)

Notas para as perguntas sobre tectônica de placas

  1. (a) Snelling A. A. 1995. “Plate tectonics: have the continents really moved apart?” CEN Technical Journal 9(1):12-20; (b) Wilson J. T., editor. 1976. “Continents adrift and continents aground”. Readings from Scientific American. San Francisco: W.H. Freeman.
  2. (a) Clube V, Napier B. 1982. “Close encounters with a million comets”. New Scientist 95:148-151; (b) Glikson A. Y. 1995. “Asteroid/comet mega-impacts may have triggered major episodes of crustal evolution”. EOS, Transactions of the American Geophysical Union 76(6):49ff.
  3. Thompson A. B. 1992. “Water in the Earths upper mantle”. Nature 358:295-302.
  4. Baumgardner J. R. 1994. “Runaway subjection as the driving mechanism for the Genesis flood”. In: Walsh R. E., editor. Proceedings of the Third International Conference on Creationism. Pittsburgh, PA: Creation Science Fellowship, p 63-75.
  5. Este problema foi levantado em: (a) Barnes R. O. 1980. “Thermal consequences of a short time scale for sea-floor spreading”. Journal of the American Scientific Affiliation 32(2):123-125. O problema continua não resolvido, mas alguns trabalhos interessantes sobre problemas relacionados podem ser encontrados em: (b) Snelling A. 1991. “The formation and cooling of dykes.” Creation Ex NihiloTechnical Journal 5:81-90; (c) Snelling A. 1996. “Rapid granite formation?” Creation Ex Nihilo Technical Journal 10:175-177; (d) Anonymous. 1996. “Queries and comments”. Origins (Biblical Creation Society) Nº 21, p 22-23.

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