Howard B. Holroyd
Ph.D e aposentou-se na chefia do Departamento de Física do Ausgustana College, Rock Island Illinois. Seu endereço é 24 Brittany lane, Rock Island, Illinois 61201, USA.
A teoria da evolução, quer na forma original dada por Darwin, quer na forma moderna surgida após a introdução das mutações, resume-se, em última análise, na afirmação de que as formas de todas as criaturas viventes existentes no mundo surgiram por acaso.
A objeção óbvia é que nos casos em que os cientistas podem acompanhar o que está se passando, planejamentos ou projetos complexos não surgem por acaso. O autor enfatiza este ponto referindo-se aos desenhos feitos com areia por algumas tribos de índios. Poderia ser contestado que, se fossem misturadas areias de diferentes cores, ao acaso, poderia resultar um quadro. Contudo, ninguém em gozo de suas faculdades mentais esperaria que tal coisa acontecesse. Como as criaturas viventes são mais complexas do que qualquer pintura com areia, com muito mais razão jamais poderiam ter surgido por acaso!
Introdução
A grande lição dos séculos é que as instituições que permanecem devem se basear na verdade; a declaração desse princípio, de forma negativa, seria que as instituições não podem se basear em mentiras, concepções errôneas, ignorância ou superstições, nem tão somente em fragmentos da verdade. Porém, a descoberta da verdade mais difícil, pois os sentidos humanos são limitados, a memória é fraca e enganadora, as forças intelectuais são frágeis, o mundo é vasto e extremamente complexo, e a vida é curta. Freqüentemente os homens se enganam.
A criança tem muito que aprender, e pouco tempo para o aprendizado antes de tornar-se adulto. De poucas observações apressadas fazem-se amplas generalizações que, apesar de conterem freqüentemente sérios erros, mesmo assim tornam-se hábitos de pensamento. A pessoa pode não descobrir os erros durante toda a sua existência, e ainda comunicar suas generalizações às gerações futuras.
Como resultado, o conhecimento tradicional vem a ser uma mistura de verdade e erro, sendo muitas vezes difícil distinguir-se entre os dois. Às vezes, o erro é confundido com a verdade, com conseqüências desastrosas. E, na pesquisa de erros passados, algumas vezes adicionam-se mais erros, para serem corrigidos pelas gerações futuras.
A geração de hoje herdou do passado a teoria da evolução de Darwin, que parece muito convincente quando julgada superficialmente, mas que, à luz de fatos e princípios bem estabelecidos, pode ser mostrada como desesperançadamente contraditória.
Neste artigo, o autor desenvolve uma argumentação baseada nas pinturas com areia, mostrando que planejamentos ou projetos não podem ser produzidas por acaso.
A Origem do Darwinismo
Consideremos um pouco de História – quando jovem, Carlos Darwin, tendo sido grandemente impressionado pelas alterações que criadores haviam produzido por seleção em animais e plantas, tentou estender o princípio da seleção, concebido como um processo puramente mecânico, para a explicação adequada à origem das espécies em ambientes naturais. Não tinha ele nenhuma explicação adequada para as causas das variações nos organismos.
Darwin falhou em compreender que o organismo superior deveria de alguma maneira ter sido produzido antes de ser obtido por seleção, seja natural, seja artificial. Seus seguidores reconheceram esse defeito em seus pensamentos, a após sua descoberta de variações bruscas, que designaram de mutações, alegaram que tais alterações eram causadas pelo acaso. Não ocorreu a elas que a probabilidade contrária à produção de planejamento por alterações aleatórias são tão enormemente grandes que a evolução, se existir, não pode ser explicada dessa maneira.
Por que Darwin tentou desenvolver uma teoria mecânica? Sir Isaac Newton havia descoberto as leis da Mecânica, e os seus seguidores tentaram, com grande sucesso, estender a outras coisas as suas idéias básicas de descrições quantitativas. A generalização descuidada dava ideia de que o Universo é um mecanismo, e Darwin, como muitos outros, aceitou isso.
Uma teoria científica, de fato, deveria ser julgada criticamente, e não de acordo com a educação da pessoa que a apresenta. Na pesquisa dos erros e suas causas, porém, a consideração dessa educação é importante. Darwin deixou uma autobiografia que mostra que a sua educação completou-se com a idade de menos de vinte e três anos, que ele foi educado para ser um clérigo, e que teve somente rudimentos de ciências. Era especialmente fraco em Matemática, o que significa que não poderia ele ter tido uma boa compreensão das ciências físicas de seu tempo. Sua educação foi tal que não poderia ele ter sido um seguro crítico de suas próprias idéias.
A argumentação proveniente das pinturas com areia
Consideremos um poderoso argumento contra as idéias de Darwin, baseado em pinturas feitas com areia. Em alguns locais do Oeste americano são facilmente encontradas areias de várias cores, e alguns índios descobriram que elas podem ser usadas para fazer belas pinturas, excelentes trabalhos de arte. Vamos considerar o uso de areias de só duas cores – Preta a branca. Serão sugeridas experiências que podem ser feitas sem grande despesa, e facilmente será testada de forma limitada a teoria do que o acaso pode ser a causa de planejamentos. Mesmo crianças podem fazer as experiências e entender o seu significado.
Para ter em mente algo definido, iniciemos com 950 centímetros cúbicos de areia branca e 50 centímetros cúbicos de areia preta. Essas quantidades exatas não são essenciais, porém são quantidades razoáveis para se trabalhar. A dimensão dos grãos de areia não é essencial, mas deveriam eles ser tão pequenos que a vista não os distinga individualmente. Suponhamos, assim, que a sua dimensão é praticamente uniforme e que tenham um diâmetro médio de um centésimo de milímetro. De acordo com essas hipóteses o número total de grãos é de um trilhão (1012).
É um fato experimental que qualquer tonalidade de cinza pode ser obtida, com a mistura de pigmentos branco e preto. Assim, se uma superfície de um metro quadrado for recoberta inicialmente com areia branca, então podem ser usadas areia preta e misturas de areias branca a preta para produzir uma cópia de qualquer página de qualquer livro em qualquer língua, ou qualquer escrita; uma cópia de qualquer fotografia em branco-e-preto de qualquer pessoa, animal, planta, objeto, cena, artigo manufaturado, ou outra coisa qualquer que possa ser fotografada; cópia de qualquer desenho de engenharia, ou um gráfico de qualquer função matemática.
Reconheçamos que qualquer língua significa não somente qualquer língua existente, o que inclui o Chinês, como, também qualquer língua morta, o que inclui o antigo Egípcio, e, para completar, qualquer nova língua que seja inventada; e inclui ainda a língua pictórica dos índios americanos. As letras de qualquer língua escrita são formas geométricas, e teoricamente o número de formas possíveis é infinito.
Na prática pode ser muito elevado, como sabem as crianças chinesas para sua tristeza, pois a sua língua envolve cerca de 60.000 caracteres. A formação de palavras a partir das letras é arbitrária, bem como a associação de palavras com idéias. Com base nesses fatos, é possível um número enorme de linguagens.
O mesmo é verdadeiro para diferentes fotografias, desenhos e diagramas; obviamente o seu número é enorme. Não só podem ser mostradas fotografias inteiras, como partes suas, e pequenas partes de muitas fotografias misturadas em um número enorme de maneiras. Não levando em conta as limitações humanas, pode ser mostrado um número infinito de coisas distintas, uma após outra, ou algumas simultaneamente.
Suponhamos uma área de um metro quadrado dividida em centímetros quadrados por linhas horizontais e verticais, sendo esses pequenos quadrados usados para escrever números da esquerda para a direita e de cima para baixo, como de costume, com um dígito por quadrado. Desta maneira poder-se-iam representar com areia preta todos os números de zero a nove multiplicados por 10.000, isto é, 1010000 números distintos.
É óbvio que o número de coisas que podem ser representadas com a areia preta excede de longe esse enorme número. Um número muito maior poderia ser representado, utilizando-se 100 símbolos para os “dígitos” em vez de 10, e o sistema de numeração com base 100. Ainda assim isso não abrangeria a infinidade de fotografias e de partes de fotografias misturadas.
Nas atividades humanas normais não se usam jamais números muito elevados; assim, na realidade o povo não os compreende. Não é difícil escrever um número com 10.000 dígitos, porém é impossível compreender totalmente o significado de tal número. Sir Arthur Eddington propôs uma teoria em que estimava que existissem 3,145.1079 partículas em todo o universo físico.
Conhece-se a massa do Sol; e se o Sol fosse composto de prótons e elétrons, ter-se-ia de multiplicar o seu número por cerca de dez mil bilhões de bilhões para chegar ao número de Eddington. Para esta argumentação não é importante se aquela teoria ou aquele número está correto; de qualquer maneira, o número será imensamente maior do que o número de átomos que compõem a Terra. É interessante notar que, se cada partícula do Universo fosse uma pessoa com um número de previdência social, o maior número que teria de ser usado conteria apenas oitenta dígitos.
Suponhamos que toda a matéria existente no Universo físico se encontrasse sob a forma de polpa de madeira, adequada para fabricar papel, e que se transformasse em uma enorme tira sobre a qual se escrevessem números tão pequenos que se precisasse de uma boa lente para se conseguir distingui-los. Essa enorme tira seria obviamente muito pequena para se escrever de uma só vez todos os números de zero a 1010000, pois este número é imensamente maior do que o número de Eddington. Parece não haver jeito de representar, em termos intuitivos, o significado desse enorme número. Entretanto, com a areia preta, pode ser representado um número de coisas imensamente maior do que esse.
O que pode ser produzido pelo acaso?
Tentemos formar números, desenhos, etc., ao acaso: primeiro misturem-se as areias branca e preta, e depois peneire-se a mistura sobre a área. Para obter desenhos, retratos, etc., basta fazer os grãos de areia caírem nas posições adequadas. É possível um enorme número de figuras. Se os grãos de areia forem peneirados repetidamente, teoricamente é possível obter, por esse processo, página após página de toda a Enciclopédia Britânica na mesma ordem em que estão encadernadas. Porém, será provável obter-se uma só figura ou página impressa que seja?
Constitui mesmo um provérbio que é difícil encontrar uma agulha num palheiro. Se toda a Terra fosse feita de areia branca, com só um grão de areia preta, seria difícil encontrar o grão preto, embora não fosse exatamente impossível. Se todas as águas da Terra contivessem somente um peixe, seria difícil encontrá-lo e pegá-lo. Quando há um número enorme de possibilidades, a probabilidade de se achar um objeto particular é extremamente pequena.
A experiência comum obtida ao misturar coisas e espalhá-las ao acaso indica que a obtenção de somente uma tonalidade cinza uniforme será o resultado de espalhar uma mistura de areia branca e preta sobre uma dada área. Essa ilustração das pinturas com areia mostra a grande diferença entre o significado de possível e provável. As figuras, escritas, números e desenhos são todos possíveis, embora não seja praticamente provável obter qualquer das configurações com procedimento aleatório. Os evolucionistas têm estado a ensinar que quase toda possibilidade poderia ocorrer no ambiente natural durante o longo período da existência da Terra. O argumento apresentado mostra que não é esse o caso: uma infinidade de coisas não pode resultar de um número finito de coisas em um intervalo de tempo finito.
O leitor está familiarizado em os odômetros, que registram o número de quilômetros que os veículos percorrem. A pequena engrenagem da direita registra os décimos de quilômetros; a que está ao seu lado, os quilômetros, e em seguida as dezenas, centenas, milhares e dezenas de milhares. Certamente é possível construir um dispositivo semelhante, com dez mil engrenagens, porém não é possível fazê-lo indicar a número de todas as diferentes coisas que podem ser representadas pelas areias branca e preta, pois esse número é incomensuravelmente maior.
Simetria
Suponhamos que um índio consiga areias coloridas para fazer uma pintura ampliada da asa esquerda de uma linda borboleta, e que seja mantido o apontamento das quantidades das várias areias coloridas utilizadas. Suponhamos, então, que as mesmas quantidades de cada areia colorida sejam misturadas, e que alguém tenta obter, peneirando as areias sobre certa área, a pintura simétrica da asa direita da mesma borboleta. A probabilidade de obter esse desenho simétrico por acaso obviamente é extremamente pequena. Contudo, não é ela exatamente impossível, pelo menos no sentido de que o índio poderia certamente pintá-la com as areias antes de elas serem misturadas.
Consideremos esse assunto da simetria nos organismos, sob um ponto do vista matemático. Um desenho pode ser dividido em linhas horizontais coloridas, de tal maneira que, por exemplo, uma linha seja composta de 1200 grãos de areia, com 200 grãos de cada uma das seis cores. É um problema de análise combinacional calcular o número possível de disposições das cores ao longo dessa linha. O intercâmbio de grãos da mesma cor não altera a disposição das cores. De acordo com os cálculos, há cerca de 10926 disposições distintas, número esse imensamente maior do que o número do Eddington para as partículas do universo físico.
Assim, a probabilidade de não se produzir simetria ao acaso é tão imensa que as numerosas simetrias existentes na natureza, tais como asas, olhos, orelhas, mãos, etc, constituem muito mais do que evidência suficiente para se concluir que alguma outra causa, além do acaso, está em ação para produzir os planejamentos ou projetos.
O que se pode conseguir em um número finito de tentativas
O fato de que são possíveis infinitos planejamentos ou projetos, significa que é somente infinitesimamente provável que qualquer deles seja atingido em um número finito de tentativas. O uso de números poderia tornar isto mais claro. Suponhamos uma coleção de 100 fotografias, cada uma composta de 5.000 partes na forma de pequenos quadrados, todos do mesmo tamanho. As partes de uma única fotografia podem ser identificadas escrevendo-se o mesmo número de série em cada parte, e utilizando-se diferentes números de série para diferentes fotografias. Suponhamos, ainda, que as partes de cada fotografia sejam guardadas em caixas separadas.
A escolha das partes ao acaso é desejável, e para esse propósito é prático ter bolas idênticas numeradas de 1 a 100, bem como numerar as caixas de igual maneira. Coloquemos então todas as bolas em um saco, misturemo-las, e, sem olhar, retiremos uma bola. Tomemos então uma parte da fotografia que está na caixa de mesmo número.
Sob essas condições, a probabilidade de escolher uma parte, de uma determinada caixa, é exatamente 1/100, e portanto, das leis da teoria matemática das probabilidades, a probabilidade de escolher todas as partes da fotografia em 5.000 tentativas é de (1/100)5000. É este um número extremamente pequeno. Em vez de se conseguirem todas as partes da mesma fotografia, é imensamente mais provável que se obtenham algumas das partes de todas as outras fotografias.
Nem é mesmo possível ajuntar por acaso mais do que algumas poucas coisas para formar desenhos. Para ilustrar este aspecto, suponhamos um retrato de um metro quadrado cortado em quadrados de dez centímetros de lado, perfazendo cem quadrados de igual tamanho. Supõe-se que estes pequenos quadrados formem um retrato, sem desarmonias, somente quando foram colocados juntos na maneira original, condição essa obviamente verdadeira para muitos retratos, embora não para a generalidade dos retratos. Como só há um lugar para cada quadrado, eles podem ser dispostos, sem rotação, em fatorial de cem distintas posições. É este um enorme número, cerca de 10158, muito maior do que o número do Eddington.
No caso dos grãos de areia, o resultado usual de distribuir os grãos de areia ao acaso consiste em uma confusão de coisas possíveis, da ordem de números imensamente maiores: fotografias, letras, diagramas, desenhos, figuras, e suas respectivas pequenas partes constituem tão grande confusão que não se divisa planejamento algum. A experiência mostra que o número de arranjos das partículas de areia que não formam sentido é muito grande em comparação com o número de possíveis desenhos. Pode ser verdadeira a afirmação de que os não-desenhos formam uma infinidade de ordem superior à dos desenhos.
Mudança ao acaso não causa melhoramento
Da experiência prática no trabalho com coisas pode-se concluir que quase toda a alteração em um bom projeto ou planejamento, torna-o pior. Nenhum conhecimento ou técnica é exigido para alterar a maior parte das máquinas, ao ponto de cessarem de funcionar adequadamente. Uma criança pode facilmente destruir um relógio ou uma máquina fotográfica. Por outro lado, é quase sempre difícil alterar bons projetos para fazê-los melhor, e o realizar esses melhoramentos exige muito conhecimento e técnica.
As lentes de um excelente microscópio podem ser removidas e podem ser rearranjadas de infinitas maneiras sem mais dar a imagem de um pequeno objeto. É realmente fácil alterar um artigo bem escrito tornando-o pior, porém é difícil fazê-lo melhor. Isso também se aplica a todas as obras de arte.
Quando alterações são feitas em bons projetos, por acidente, é praticamente certo que serão eles danificados ou destruídos. Os automóveis não se constroem por acidente. Tudo que é feito pelo homem, tal como edifícios, estradas, represas, pontes, casas, roupas, sistemas de comunicação e máquinas, torna-se mais desordenado, conforme a Segunda Lei da Termodinâmica. Esta lei, em sua forma mais geral, como apresentado por Lewis e Randall em seu livro “Thermodynamics” é a seguinte: “Todo sistema que é deixado a si mesmo, alterar-se-á, em média, no sentido de uma condição de máxima probabilidade”. Uma grande soma de evidência nas ciências físicas concorda com esta lei, a não há evidência conhecida contra ela. Como todas as coisas que o homem faz são posteriormente destruídas, devem elas ser consideradas como arranjos de matéria improváveis na época em que se completou a sua fabricação. Portanto, as espécies não podem se originar ao acaso.
Da evidência anterior, e da sua discussão, é evidente que Darwin e seus seguidores estiveram errados ao pensar que qualquer tendência para a evolução orgânica, se existisse, poderia ser explicada por mutações ao acaso, e pela sobrevivência do mais apto. Deveriam ser feitas pesquisas para uma explicação diferente.
Alfred North Whitehead, em seu pequeno livro “The Function of Reason” expôs sua conclusão de que a Razão é a causa da tendência para cima na evolução. Ele parece ter sido o mais competente matemático do mundo, dentre os filósofos. Realmente, a sua explicação da natureza das coisas tem uma história bastante longa: Anaxágoras, filósofo grego que viveu aproximadamente de 500 a.C. a 428 a.C., ensinava que a Razão é a causa de todas as coisas.
Não há nenhum Princípio Universal de Evolução
Além do mais, é hoje certo que não existe nenhum princípio universal de evolução orgânica. Em 1938 o coelacantho, um grande peixe do mar, foi descoberto perto de Madagascar. Anteriormente a essa importante descoberta, os paleontologistas pensavam que aquela espécie tinha se extinguido desde o período Cretáceo. A existência inalterada do coelacantho por um enorme período de tempo é suficiente evidência para a conclusão de que não há um princípio universal de evolução. Sendo esse o caso, a evolução de uma espécie poderia ser estabelecida somente por alguma prova de descendência.
Os maus efeitos do erro filosófico a científico
Deve ser entendido claramente que filósofos e cientistas que pensam e escrevem a respeito dos mais profundos assuntos, estão afetando, para o bem ou para o mal, os destinos da humanidade. As atividades humanas formam um grande sistema complexo de elementos interligados, de tal maneira que perturbações em um elemento podem ocasionar perturbações próximas e remotas em vários outros. É necessário, permanecer em guarda constantemente contra o erro.
Darwin estava mal preparado para se tornar um líder filosófico da humanidade, porém foi considerado, por julgamento errôneo, como um dos maiores pensadores do mundo. Ele não era uma pessoa ampla e profundamente educada; ele se assemelhou a uma criança brincando com uma metralhadora carregada, cujo mecanismo e cujo perigo não chegava a compreender. Em sua autobiografia declarou ele: “porém eu também ambicionava ter um bom lugar entre os cientistas – embora não possa formar opinião se ambicionava mais ou menos do que meus companheiros de trabalho”. Perseguindo sua ambição, tentou ele destruir, e acreditou que tivesse destruído a validade do argumento teológico extremamente importante acerca do projeto ou planejamento. E muitas pessoas aceitaram como válido o seu uso da evidência e do raciocínio.
A aceitação errônea de sua teoria da origem das espécies levou muitos a abandonar a crença no mais sublime pensamento da humanidade – que o universo inteiro, com seu enorme número de estrelas e nebulosas, com a Terra de grande beleza, habitada por organismos maravilhosamente construídos, formando um mundo de vida intrincadamente interrelacionado, foi criado por um Ser Inteligente, infinitamente superior ao homem.
A inadequação do ponto de vista de um mundo materialista. O progresso no elevar a raça humana a um nível mais elevado depende grandemente da descoberta de verdades profundas, tais como a matemática, incluindo o cálculo, em combinação com experiências quantitativas e as leis de Newton do movimento. Por outro lado, uma das piores coisas que podem acontecer à humanidade é tomar erradamente um erro sério como sendo verdade profunda, pois isso resulta em juízos errados sobre assuntos da maior importância. A teoria de Darwin deveria ser considerada como um dos maiores enganos jamais cometidos.
Por muitos séculos antes da época de Darwin, era geralmente aceito que o Universo era composto de mente e matéria. Os significados de muitas das palavras usadas na conversação casual e na escrita formal baseiam-se nesta filosofia de dualismo, porém mente e matéria não são definidas na filosofia do materialismo, à qual a teoria de Darwin parecia dar poderoso apoio. O resultado foi que o homem tentou fazer importantes decisões em conformidade com idéias gerais inconsistentes, e com isso resultou um mundo seriamente dividido. Os homens pensantes deveriam agora reconhecer que a teoria de Darwin é errada, e deveriam iniciar a reconstrução das idéias.